A 2ª Vara Criminal de Canoas negou mais um pedido de liberdade para Dilson Alves, conhecido como Nego Di, e o ex-sócio dele, Anderson Boneti. Os dois enfrentam acusações de estelionato qualificado por fraude eletrônica, com 17 ocorrências documentadas. A decisão foi publicada às 9h50min desta quarta-feira (4), após as defesas apresentarem suas alegações iniciais no processo.
Nego Di argumentou que não deveria ser denunciado, alegando ausência de dolo e que teria sido vítima de Anderson Boneti. A defesa do humorista apresentou conversas entre os dois, tentando provar que ele também foi enganado. No entanto, a juíza Patrícia Tonet considerou que as mensagens não comprovaram a falta de dolo por parte de Nego Di. Ela também destacou que, apesar de receber quantias significativas em patrocínios, o réu não tentou ressarcir as vítimas dos prejuízos sofridos desde 2022.
A magistrada questionou ainda o motivo pelo qual Nego Di, alegando ter sido lesado, nunca registrou uma ocorrência ou processou seu ex-sócio. Já em relação ao pedido de Anderson Boneti, a decisão afirma que as razões para a prisão permanecem inalteradas, mencionando ainda outro processo em que ele é réu por desvio milionário.
Essa é a quarta vez que pedidos de liberdade são negados. Em 1º de agosto, o humorista já havia tido um pedido de habeas corpus negado pela 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado. A defesa de Nego Di, representada pela advogada Tatiana Borsa, não comentou a decisão. Até o momento, Zero Hora não conseguiu contato com a defesa de Anderson Boneti.
Nego Di foi preso em Santa Catarina no dia 14 de julho pela Polícia Civil do Rio Grande do Sul. A prisão ocorreu durante uma investigação que já se arrasta há dois anos, sob a acusação de que o humorista teria vendido produtos de sua loja online que nunca foram entregues aos clientes.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: GZH