A decisão do ditador venezuelano Nicolás Maduro de antecipar o Natal para 1º de outubro na Venezuela está gerando críticas e levantando suspeitas sobre suas intenções políticas. O anúncio foi feito em meio a um cenário político turbulento e a questionamentos contínuos sobre a legitimidade de sua reeleição no final de julho.
Em seu programa de TV, Maduro +, o ditador declarou: "Está chegando setembro e se diz: 'Setembro já cheira a Natal.' E por isso, este ano, em homenagem a vocês, em agradecimento a vocês, vou decretar o adiantamento do Natal para 1º de outubro." A medida foi apresentada como um gesto de paz e felicidade, mas muitos críticos consideram que é uma tentativa de desviar a atenção dos problemas políticos e econômicos que o país enfrenta.
A antecipação do Natal, já ocorrida em outras ocasiões por motivos controversos, como após a morte de Hugo Chávez em 2013 e durante a pandemia de Covid-19 em 2020 e 2021, é vista por muitos como uma estratégia de distração para melhorar a imagem de Maduro em um momento crítico. A decisão é interpretada como uma manobra para obter apoio popular e desviar o foco das crescentes críticas e das preocupações sobre a transparência eleitoral e a situação econômica da Venezuela.
Enquanto a população é convidada a celebrar o Natal mais cedo, o governo de Maduro continua a enfrentar desafios significativos relacionados à governabilidade e à crise econômica, que afetam gravemente o cotidiano dos venezuelanos. A medida, portanto, é amplamente vista como uma tentativa de usar a festividade como uma ferramenta política para ganhar apoio e acalmar o descontentamento público.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper