O réu responsável pelo massacre na creche de Blumenau, no Vale do Itajaí, foi condenado a 220 anos de prisão em regime inicialmente fechado. A decisão foi tomada durante um júri popular, realizado sob um forte esquema de segurança, e o réu não poderá recorrer em liberdade.
O ataque ocorreu em 5 de abril de 2023 e resultou na morte de quatro crianças, com idades entre 4 e 7 anos. As vítimas foram Bernardo Cunha Machado (5 anos), Bernardo Pabst da Cunha (4 anos), Larissa Maia Toldo (7 anos) e Enzo Marchesin Barbosa (4 anos). O réu foi condenado por quatro homicídios qualificados e cinco tentativas de homicídio qualificado, com qualificadoras incluindo motivo torpe, meio cruel, uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas e crime contra menores de 14 anos.
A audiência começou com a chegada do réu ao fórum, em um veículo da Polícia Penal catarinense, antes das 7h30. Em frente ao fórum, familiares das vítimas e funcionários da creche realizaram orações. O réu prestou depoimento por volta das 12h20, confessando os crimes em um depoimento de aproximadamente 10 minutos.
O delegado Rodrigo Raitez, que elaborou o relatório da Polícia Civil, forneceu um detalhado relato sobre a cronologia dos fatos e as declarações do réu. A primeira testemunha de defesa, um amigo do réu, foi ouvida, seguida pela apresentação da tese pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e pela defesa. Após a réplica do MPSC e a tréplica da defesa, os jurados votaram e a sentença foi lida pela juíza.
Para garantir a segurança durante o julgamento, o Poder Judiciário impôs restrições que permitiram apenas a presença de familiares das vítimas e do réu. A rua Zenaide Santos de Souza, em frente ao fórum, foi temporariamente fechada no início e no término da sessão, com um forte esquema de segurança montado para o evento.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper