Entre os dias 19 e 20 de agosto de 1965, Cruz Alta, no Rio Grande do Sul, foi palco de um evento climático raro e inesperado. Os moradores da cidade acordaram com uma paisagem completamente transformada por uma intensa nevasca que cobriu ruas, telhados, árvores e veículos com uma camada espessa de neve. O fenômeno, incomum para a região, causou grande surpresa e alterou a rotina local.
Durante o dia 19, a temperatura caiu drasticamente, atingindo -0,6ºC ao meio-dia. À tarde, por volta das 18h, os termômetros marcaram 0ºC e mantiveram-se nesse patamar até a meia-noite, proporcionando um frio intenso que congelou a cidade. No dia seguinte, 21 de agosto, houve uma leve recuperação na temperatura, que subiu para 3,6ºC ao meio-dia, trazendo um alívio temporário para os moradores após o rigoroso frio.
A neve caiu continuamente por aproximadamente 20 horas, criando uma cena de rara beleza e impactando significativamente a vida cotidiana. Com o grande volume de neve acumulada, as aulas foram canceladas, e as crianças aproveitaram o inesperado recesso escolar para brincar no gelo nas praças e ruas da cidade.
Testemunhas oculares relataram que a visão de Cruz Alta coberta de branco foi um espetáculo inesquecível, transformando completamente a paisagem urbana e proporcionando uma experiência memorável para todos que vivenciaram o evento. Para muitos, aquele agosto de 1965 permanece como um marco na história climática da cidade, um lembrete da imprevisibilidade do tempo e da beleza que ele pode trazer.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fotos: Acervo Dr. Alfredo Roeber