Produzida pela empresa CMPC na unidade de Guaíba, a celulose é extraída do eucalipto e serve como matéria-prima essencial para as indústrias de papel, embalagens e tecidos. A logística de exportação do produto é um exemplo notável de eficiência, utilizando barcaças que navegam pela Laguna dos Patos até o Porto do Rio Grande. Esse método evita a circulação de caminhões na BR 116, destacando o potencial das hidrovias como uma alternativa sustentável e eficiente para o transporte de grandes volumes.

 

Durante o ano, as 410 barcaças que transportaram a celulose até o porto evitaram a circulação de 51.250 caminhões, cada uma substituindo aproximadamente 125 carretas. Após o descarregamento no Porto Novo, essas embarcações seguem até o Porto de Pelotas, onde são carregadas com toras de madeira para retorno à fábrica em Guaíba.

 

A importância dessa operação logística é ainda mais clara quando se considera a redução do tráfego rodoviário. Cada carregamento de 2,5 mil toneladas de toras de madeira feito em Pelotas evita o uso de 63 veículos bitrens no trecho até Guaíba. Ao longo de 2023, a circulação de 25.720 caminhões desse tipo foi evitada, reforçando o papel das hidrovias na redução de impactos ambientais e na melhoria da eficiência logística.

 

O sucesso na movimentação da celulose pelo Porto do Rio Grande em 2023 exemplifica o potencial das hidrovias no Brasil, oferecendo uma solução logística que alia sustentabilidade e eficiência, além de destacar a importância do setor de celulose na economia brasileira.

Com informações: Jornalista Fernando Kopper