Minas Gerais enfrenta um aumento alarmante nos casos de febre oropouche, conforme divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). O número de casos saltou de 72 na primeira semana de junho para 147 na última semana de julho, representando um crescimento de aproximadamente 105% em apenas 56 dias.
O surto mais recente teve suas primeiras amostras detectáveis identificadas em maio de 2024. Até o momento, os casos confirmados estão majoritariamente concentrados na região do Vale do Aço, com amostras coletadas antes de junho deste ano. A distribuição dos casos confirmados no estado é a seguinte:
* 1 caso em Congonhas
* 1 caso em Coroaci
* 30 casos em Coronel Fabriciano
* 1 caso em Gonzaga
* 3 casos em Ipatinga
* 96 casos em Joanésia
* 15 casos em Timóteo
Além disso, foram confirmados três casos em Belo Horizonte de pessoas residentes no município de Botuverá, em Santa Catarina, que já foram notificadas ao estado.
A febre oropouche é causada por um arbovírus transmitido por mosquitos. O Orthobunyavirus oropoucheense (OROV), responsável pela infecção, foi isolado pela primeira vez em 1960, a partir da amostra de sangue de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília.
Pesquisas recentes lideradas por cientistas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sugerem que a nova linhagem do vírus pode estar ligada ao atual surto. Os sintomas da febre oropouche são semelhantes aos da dengue e chikungunya, o que pode levar a diagnósticos incorretos. Entre os principais sintomas estão dor de cabeça, dor nas articulações, dor muscular, náusea, vômitos e diarreia.
As autoridades de saúde estão em alerta e reforçam a importância da prevenção e do diagnóstico precoce para evitar a disseminação do vírus.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper