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GAECO e GEAC deflagram segunda fase da operação "Fundraising" para combate a fraudes e desvios de recursos públicos
POLÍCIA
Publicado em 19/06/2024
Na manhã desta quarta-feira, 19 de junho, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e o Grupo Especial Anticorrupção (GEAC), em apoio à investigação da Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do Ministério Público de Santa Catarina, deflagraram a segunda fase da operação "Fundraising". A operação visa desarticular uma organização criminosa liderada por um grupo empresarial suspeito de praticar ilícitos contra a Administração Pública, especialmente desvios de recursos públicos e fraudes em licitações. O grupo é acusado de recrutar agentes públicos e particulares para obter ganhos ilícitos em detrimento do patrimônio público.
 
Segundo a investigação, o grupo criminoso direcionava processos licitatórios em diversos municípios de Santa Catarina. Alegando prestar serviços de consultoria e assessoria para captação de recursos públicos, firmava contratos sem comprovação de atividades reais, utilizando-os como fachada para que servidores públicos, agentes políticos e particulares recebessem vantagens indevidas. Foram expedidos 11 mandados de prisão preventiva, cinco de suspensão do exercício das funções públicas e 63 de busca e apreensão, concentrando-se em 23 municípios catarinenses, um município do Rio Grande do Sul e Brasília/DF.
 
A operação contou com o apoio técnico das Polícias Penal e Científica de Santa Catarina, da Polícia Rodoviária Federal e do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, além da Polícia Civil do Distrito Federal, por meio da Delegacia de Combate à Corrupção (DECOR/PCDF), e do GAECO e Centro de Produção, Análise, Difusão e Segurança da Informação (CI) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). A investigação continua sob segredo de justiça.
 
A operação foi intitulada "Fundraising", termo em inglês que se refere a metodologias para facilitar a captação de recursos. Na primeira fase, deflagrada em setembro de 2023, foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em Florianópolis, Itajaí, Blumenau, Gravatal e Brasília.
 
O GAECO é uma força-tarefa composta pelo Ministério Público, Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Penal, Receita Estadual e Corpo de Bombeiros Militar, focada na identificação, prevenção e repressão a organizações criminosas. O GEAC é formado por membros do Ministério Público de Santa Catarina que atuam em investigações e ações judiciais de combate à corrupção em casos de maior gravidade ou complexidade.
 
Confira a lista dos prefeitos e ex-políticos envolvidos:
 
Fernando de Faveri Marcelino (MDB) - Prefeito Municipal de Cocal do Sul (prisão)
Clori Peroza (PT) - Prefeita Municipal de Ipuaçu (prisão)
Marcelo Baldissera (PL) - Prefeito Municipal de Ipira (prisão)
Mário Afonso Woitexem (PSDB) - Prefeito Municipal de Pinhalzinho (prisão)
Emerson Ari Reichert (PT) - ex-Prefeito de Ipira e empresário (mandado de busca e apreensão)
Edson Bez de Oliveira (MDB) - ex-Deputado Federal e empresário (mandado de busca e apreensão)
Mauro Francisco Risso (MDB) - Prefeito Municipal de Jardinópolis (mandado de busca e apreensão)
Além dos sete prefeitos, 22 prefeituras estão sendo alvo de mandados de busca e apreensão como parte das investigações.

 

Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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