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Membros do PCC acusados de planejar atentado contra Moro são mortos na cadeia
POLÍCIA
Publicado em 18/06/2024
Na tarde da última segunda-feira, 17 de junho, Janeferson Aparecido Mariano Gomes, conhecido como Nefo, e Reginaldo Oliveira de Sousa, conhecido como Rê, foram encontrados assassinados na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior paulista. Ambos eram membros da célula de elite do Primeiro Comando da Capital (PCC), conhecida como Sintonia Restrita, responsável por planejar atentados contra autoridades.
 
Nefo e Rê eram figuras centrais no grupo encarregado de monitorar e executar ações contra autoridades no Brasil. Suas mortes, confirmadas por autoridades ligadas ao combate ao crime organizado, ocorreram em circunstâncias ainda não totalmente esclarecidas.
 
Os homicídios estão diretamente conectados à Operação Sequaz, deflagrada pela Polícia Federal em março de 2023. A operação desarticulou um plano do PCC para sequestrar e assassinar o senador Sergio Moro (União-PR) e o promotor Lincoln Gakiya, do Ministério Público de São Paulo, ambos alvos do grupo criminoso.
 
A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que três detentos assumiram a autoria dos homicídios dentro de um dos pavilhões da penitenciária. Os responsáveis foram isolados e enfrentarão acusações pelo crime, enquanto a Polícia Científica realiza a perícia no local para investigar as circunstâncias das mortes.
 
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) foi procurada para comentar o incidente, mas ainda não emitiu declarações sobre o assunto.
 
Nefo, de 48 anos, era coordenador da Sintonia Restrita e tinha um histórico criminal marcado por roubo, motim e cárcere privado. Rê, com mais de 20 anos de liderança no PCC, era conhecido por coordenar ataques violentos, incluindo um atentado com granadas contra uma base da PM em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, em 2003.
 
O caso segue sob investigação para esclarecer os motivos exatos dos assassinatos e se há conexões com disputas internas do PCC ou rivalidades dentro do sistema carcerário.

 

Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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