O tabagismo continua sendo um dos maiores desafios de saúde pública em todo o mundo, com a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertando para sua gravidade como a principal causa evitável de morte em escala global. Estatísticas da OMS revelam que aproximadamente um terço da população adulta mundial é fumante, destacando a amplitude do problema e a urgência de ações efetivas para combatê-lo.
Os riscos associados ao cigarro são vastos e alarmantes. Composto por mais de 4.720 substâncias tóxicas conhecidas e outras três mil desconhecidas, o cigarro é uma fonte significativa de danos à saúde, sendo associado a uma série de doenças graves, incluindo câncer de pulmão, laringe, pâncreas, bexiga, rim, mama e útero.
Além dos componentes tóxicos e cancerígenos, a fumaça do cigarro também é uma mistura complexa de substâncias inflamatórias que podem desencadear doenças pulmonares crônicas, doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais e uma série de outros problemas de saúde.
Não apenas os fumantes, mas também os não fumantes estão em risco. O fumo passivo, ou seja, a inalação involuntária da fumaça do cigarro por parte de não fumantes, pode resultar em problemas de saúde semelhantes aos dos fumantes, aumentando ainda mais o ônus do tabagismo na saúde pública.
Apesar dos esforços de conscientização e das políticas de controle do tabaco implementadas em muitos países, o tabagismo continua sendo uma ameaça significativa à saúde da população. No Brasil, por exemplo, o tabagismo é responsável por cerca de 200 mil mortes anualmente, associado a mais de 50 doenças diferentes.
É crucial destacar que parar de fumar traz benefícios imediatos à saúde. Independentemente da idade ou do tempo de exposição ao tabaco, abandonar o hábito de fumar reduz significativamente os riscos de doenças e melhora a qualidade de vida.
Diante da magnitude dos danos causados pelo tabagismo, ações coordenadas em níveis global, nacional e local são essenciais para reduzir a prevalência do tabagismo, proteger a saúde pública e salvar vidas. A conscientização, a educação e o acesso a programas eficazes de cessação do tabagismo são componentes fundamentais de uma estratégia abrangente de controle do tabaco.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper