A Brigada Militar de Santa Bárbara do Sul foi acionada no final da tarde de domingo, 18 de fevereiro, com a informação de um "assalto" em andamento. No local foi constatado que se tratava de uma possível extorsão mediante sequestro, em que a filha da vítima teria sido sequestrada.

A vítima foi mantida na linha telefônica por mais de 4 horas, enquanto era ameaçada e extorquida, sendo orientada a colocar objetos de valor em um pacote, que foi recolhido por um homem que lhe esperava em frente a uma Agência Bancária da cidade. Depois, a vítima foi orientada a permanecer no telefone enquanto seguia recebendo ameaças. Com a chegada da Polícia na residência, foi possível fazer contato com a filha e confirmar que a mesma estava bem e em local seguro, e que se tratava de um golpe. A vítima então desligou o telefone.

Imagem de monitoramento estão sendo usadas para auxiliar na investigação e identificação dos criminosos.

Como funciona o Golpe do falso sequestro: O telefone toca, normalmente no visor o número é desconhecido ou não identificado. Ao atender, do outro lado da linha, uma voz simula o desespero de uma vítima de sequestro. O começo do golpe costuma ser parecido, mas ele toma contornos diferentes dependendo das informações que os criminosos detêm sobre a vítima. O caso mais comum é o golpista escolher números aleatórios e fazer várias tentativas até achar a vítima ideal, que não desligue o telefone e ainda forneça as informações mínimas para completar a extorsão. Ao ouvir uma voz de choro pedindo ajuda ou socorro, a vítima normalmente entrega a primeira pista aos criminosos ao questionar “Minha filha é você?”. Com a informação de que a pessoa na linha tem uma filha, os golpistas assumem a conversa e passam a fazer pedidos de depósitos e transferências bancárias para liberar a filha que está sob ameaça. Os golpistas ficam com a vítima ao telefone até que ela vá ao banco fazer a transferência, complete a transação ou entregue pertences e objetos, dependendo da situação.