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Sistema penitenciário gaúcho conta com 56 novos técnicos de nível superior
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Publicado em 29/10/2022

A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) do Rio Grande do Sul realizou nesta semana a cerimônia de formatura de 56 técnicos superiores penitenciários. Iniciado em 3 de agosto (dez anos após a última edição), o curso de formação abrangeu 580 horas-aula, a cargo da Escola do Serviço Penitenciário (ESP).

Todos os integrantes da turma possuem formação universitária e a maioria é de mulheres. Eles e elas passaram por atividades de formação com conteúdos que seguem matriz curricular do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) em combinação às diretrizes da política do Estado para o setor.

Além das áreas de direito, educação física, enfermagem, agronômica, nutrição, odontologia, psicologia, serviço social, o certame deste ano ofereceu – pela primeira vez – vagas para profissionais de arquitetura, ciências da computação, educação física, estatística, pedagogia, terapia ocupacional, arquitetura e engenharias ambiental, civil e elétrica.

Titular da Secretaria de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo (à qual a Superintendência está vinculada), Mauro Hauschild se manifestou por meio de vídeo, ressaltando que a turma, com formação em diferentes áreas, contribuirá para qualificar a atividade como um todo, especialmente no que se refere à inclusão social dos apenados.

O diretor do Departamento de Tratamento Penal (DTP) da Susepe, Cristian Colovini, chamou a atenção para o fato de que “o objetivo da nomeação deles foi o de qualificar a gestão e ampliar a atuação dos servidores penitenciários”.

Atividade

Também nesta semana, representantes de diferentes regiões penitenciárias do Rio Grande do Sul participaram do seminário “Educação Prisional: Concepções, Princípios e Práticas Pedagógicas”. A atividade foi realizada no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSul), em Venâncio Aires (Vale do Rio Pardo).

O evento teve organização do Núcleo Estadual de Educação de Jovens e Adultos (Neeja) Mário Quintana, da Penitenciária Estadual de Venâncio Aires (Peva). De acordo com a Susepe, dentre as finalidades da iniciativa estava a de oportunizar debates e trocas de experiências sobre o assunto, contando com a presença de unidades de 12 cidades gaúchas.

Atualmente, 3.189 homens e 314 mulheres em privação de liberdade estão cursando a educação formal no Estado. O sistema prisional gaúcho conta com 65 espaços de educação, 29 Neejas e 36 turmas descentralizadas. As aulas são ministradas por 347 professores da Secretaria Estadual da Educação (Seduc).

A inclusão social da pessoa presa ou egressa do sistema penitenciária é um dos principais objetivos da Susepe, vinculada à Secretaria de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo.

“Nosso papel principal é garantir às pessoas privadas de liberdade o acesso à educação, ao trabalho, à saúde. Para que, uma vez cumprida a pena, elas possam retornar ao convívio social com a perspectiva de preparação para o mercado de trabalho e não retornar ao sistema prisional”, frisa o titular da pasta, Mauro Hauschild.

(Marcello Campos)

Foto:Gui Lopes/Susepe                                                                                                                                                         

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