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PM acusado de matar filho recém-nascido e mais quatro pessoas fica sem advogado e júri precisa ser adiado
POLÍCIA
Publicado em 25/10/2022
Crime aconteceu na noite de 24 de maio de 2016, no bairro Jardim Itu-Sabará, na Capital. Foto: Anderson Fetter / Agencia RBS
 

O julgamento do policial militar catarinense Ronaldo dos Santos, 58 anos, foi mais uma vez adiado. Ele é acusado de matar o filho recém-nascido e outras quatro pessoas em Porto Alegre. O motivo para o adiamento do júri é que o réu estava sem advogado em plenário. A juíza Cristiane Busatto Zardo remarcou o julgamento para o dia 13 de dezembro.

Em 30 de agosto, o Conselho de Sentença foi dissolvido em razão de uma discussão acalorada entre o advogado Leonardo Duarte e o promotor de Justiça Eugênio Paes Amorim. A decisão foi tomada pela magistrada na oportunidade a pedido do advogado e do representante da OAB que compareceu em plenário, com o argumento de que não haveria ambiente para continuar em razão dos acontecimentos.

Procurado, o advogado Leonardo Duarte disse que renunciou à procuração, mas que sua defesa, mesmo assim, estaria valendo até 27 de outubro. No entanto, segundo ele, o réu decidiu apresentar uma revogação de poderes na segunda-feira (24), o que impediria ele de atuar.

— Recebi na tarde de ontem (segunda-feira) a revogação dos poderes dele — disse o advogado.

Perguntado se a discussão com o promotor teria contribuído, respondeu:

— Tudo contribui. Fui para trabalhar e não para brigar.

Leonardo disse que dependerá da família e do próprio réu a decisão de conceder novamente procuração para o júri marcado para dezembro.

 

 Chacina aconteceu em 2016

O crime aconteceu em 2016, no bairro Jardim Itú-Sabará, na zona norte da Capital. A chacina foi descoberta uma semana após os assassinatos, quando os corpos já estavam em estado avançado de decomposição.

Lourdes Felipe, 64 anos, os filhos dela Walmyr Felipe Figueiró, 29, e Luciane Felipe Figueiró, 32, e os netos João Pedro Figueiró, cinco, e Miguel, de um mês, foram assassinados dentro de casa.

O motivo do crime, segundo a acusação do Ministério Público (MP), seria a insatisfação do PM com o bebê de um mês, filho que o réu teve com Luciane, com quem ele manteria relação extraconjugal. Em seu depoimento no primeiro júri que acabou adiado, o réu negou o crime.

 
 

Fonte: GZH

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