Além disso, Ana Cláudia relatou em depoimento momentos que foi ameaçada e agredida por Toni.
O empresário, de 37 anos, foi assassinado a tiros no dia 11 de agosto, quando chegava em uma academia do Bairro Santa Marta, na capital. Durante as investigações, a mulher dele confessou ter pago R$ 60 mil para que os atiradores o matassem.
Segundo a polícia, o interesse na herança da vítima e a tentativa de esconder outros relacionamentos teriam motivado o crime, cometido por três homens.
A mãe de Toni, posteriormente, impetrou ação na Justiça pedindo que a acusada fosse declarada indigna de receber a herança deixada pelo marido, não podendo, portanto, vender quaisquer bens que estivessem arrolados no inventário judicial.
O casal estava junto há 15 anos e tinham três filhas.
Ana Flor está presa na Penitenciária Feminina “Ana Maria do Couto May”, na capital, desde 19 de agosto do ano passado, durante a Operação Capciosa, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O atirador foi preso antes, no dia 11 do mesmo mês. Enquanto a mulher que ajudou Ana a planejar a execução, no dia 27 de agosto.
O atirador abordou o empresário em frente ao estabelecimento. De cabeça baixa, perguntou pelo nome dele e, ao responder, Toni foi baleado.
Ele correu para dentro da academia, onde foi socorrido e, depois, levado para o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), onde morreu dois dias depois.
A arma do crime foi jogada no Lago do Manso.
À polícia, o homem que efetuou os cinco disparos contra Toni confessou que Ana Cláudia negociou R$ 20 mil com cada criminoso pelo assassinato.
Durante o depoimento de Ana Cláudia, algumas perguntas feitas por ela causaram estranheza à polícia, como o questionamento sobre imagens do local do crime e se apenas a confissão do atirador poderia condenar alguém.
Em 2019, Ana registrou um boletim de ocorrência onde afirmou que foi agredida por Toni, após ele flagrar uma conversa dele com outro homem por um aplicativo de mensagens.
A Polícia Civil informou, no avanço do inquérito, que apurava a ligação dos supostos amantes com o assassinato de Toni.