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Empresária acusada de encomendar morte de marido é condenada a 18 anos de prisão
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Publicado em 18/10/2022

A empresária Ana Cláudia Flor, acusada de mandar matar o marido dela Toni Flor, em 2020, foi condenada a 18 anos de prisão. O júri popular ocorreu na segunda-feira (17), em Cuiabá. A mulher vai responder por homicídio qualificado.

O Plenário do Tribunal do Júri foi presidida pela juíza Mônica Perri, da 1ª Vara Criminal da capital.

Na manhã desta terça-feira (18), o advogado que representa Ana Cláudia, Jorge Henrique Franco Godoy, informou ao g1, por telefone, que a defesa pretende recorrer da decisão e acredita que a pena tenha sido desproporcional.

“Com relação a sentença, primeiramente, não esperávamos que ela fosse condenada, mas a decisão dos jurados deve ser respeitada”, disse.

 

 
 

Julgamento

Em depoimento no júri, Ana Cláudia disse que não teve relacionamentos extraconjugais e que o casal brigava muito porque Toni tinha ciúmes.

“Eu tive uma briga muito feia com o Toni e ele foi dormir em um hotel. Quando eu estava dormindo, ele entrou na janela, tirou uma foto de mim dormindo e me mandou. Ele já fez isso outras vezes”, disse.

Segundo Ana Cláudia, ela recebeu uma ligação de Igor Espinosa, o responsável por atirar no empresário, e contou o motivo.

“Ele perguntou o motivo e falou que ia ver. Falei para ele que era agressão física, violência doméstica. Dois dias depois ele me ligou e disse que seria R$ 60 mil”, disse.

A mulher disse que não tinha esse valor e que já estava se reconciliando com Toni. Em depoimento, ela contou que não deu a ordem de matar o empresário e que ela só soube que o autor foi o Igor, depois que ele ligou para cobrar o pagamento.

“Eu paguei em novembro, mediante ameaça. Dei R$ 30 mil em novembro e R$ 30 mil em fevereiro de 2021. Eu fiz um empréstimo para pagar o restante porque não teria condições de pagar. O Igor me procurou só um mês depois do assassinato “, disse.

 

Além disso, Ana Cláudia relatou em depoimento momentos que foi ameaçada e agredida por Toni.

 

Relembre o caso

O empresário, de 37 anos, foi assassinado a tiros no dia 11 de agosto, quando chegava em uma academia do Bairro Santa Marta, na capital. Durante as investigações, a mulher dele confessou ter pago R$ 60 mil para que os atiradores o matassem.

Segundo a polícia, o interesse na herança da vítima e a tentativa de esconder outros relacionamentos teriam motivado o crime, cometido por três homens.

A mãe de Toni, posteriormente, impetrou ação na Justiça pedindo que a acusada fosse declarada indigna de receber a herança deixada pelo marido, não podendo, portanto, vender quaisquer bens que estivessem arrolados no inventário judicial.

O casal estava junto há 15 anos e tinham três filhas.

Ana Flor está presa na Penitenciária Feminina “Ana Maria do Couto May”, na capital, desde 19 de agosto do ano passado, durante a Operação Capciosa, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

O atirador foi preso antes, no dia 11 do mesmo mês. Enquanto a mulher que ajudou Ana a planejar a execução, no dia 27 de agosto.

 

O crime

O atirador abordou o empresário em frente ao estabelecimento. De cabeça baixa, perguntou pelo nome dele e, ao responder, Toni foi baleado.

FONTE: G1

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