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Quadrilha que causou prejuízo de R$ 3 milhões a empresas gaúchas é alvo de operação da Polícia Civil
POLÍCIA
Publicado em 31/08/2022

A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quarta-feria (31), no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e em São Paulo, a Operação Junk Bonds, que investiga uma quadrilha que enganou empresários com falsos contratos de compensação de débitos tributários.

Os supostos créditos da dívida pública eram ofertados com deságio de 35%. Para apenas duas empresas gaúchas, a fraude gerou um prejuízo de cerca de R$ 3 milhões.

Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão – sendo nove em São Paulo, um em Santa Catarina e um no RS – e bloqueios de contas vinculadas a 35 CNPJs e CPFs.

Segundo a polícia, a quadrilha teria cinco integrantes: dois gaúchos (um advogado natural de Canoas e outro de Porto Alegre) e três paulistas (um advogado, um contador e um administrador de empresas).

As empresas lesadas no RS são de Viamão, do ramo de refrigeração, e de Tramandaí, que trabalha com soluções ambientais. Há suspeita de que outras 30 empresas também foram vítimas. Elas ainda não foram identificadas.

As vítimas eram atraídas através de dois intermediários, que ofereciam compensação tributária por meio de créditos pertences à empresa dos golpistas, os quais estariam alocados no Ministério da Fazenda.

“Os créditos eram vendidos com deságio de 35%, o que seria um negócio aparentemente vantajoso. Adiante, verificou-se que o suposto crédito era referente a um título da dívida pública prescrito e que a operação era totalmente ilegal. Os golpistas firmavam contratos com as vítimas para dar credibilidade à operação fraudulenta, prometendo a suposta transferência dos créditos, e enviavam documentos de protocolos junto à Secretaria do Tesouro Nacional, parecendo que a compensação estava sendo efetivada. Com procuração das vítimas, a empresa golpista também zerava a base de cálculo dos tributos devidos na Receita Federal para parecer que a compensação, de fato, estava sendo efetivada”, informou a Polícia Civil gaúcha.

A operação foi conduzida pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas de Viamão.

Foto:Polícia Civil/Divulgação

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