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China confirma pena de morte para norte-americano que matou namorada
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Publicado em 29/08/2022

Um tribunal de apelação da China confirmou a pena de morte para um cidadão dos Estados Unidos que matou a namorada a facadas em junho de 2021. A Corte considerou “apropriada” a sentença proferida em primeira instância e disse que o réu teve um julgamento conforme a lei.

Em abril, Shadeed Abdulmateen foi condenado à morte em primeira instância por esfaquear a namorada chinesa de 21 anos no rosto e no pescoço, durante um encontro que tiveram para discutir os problemas do casal.

A Embaixada dos EUA em Pequim ainda não se manifestou sobre o caso, que voltou a jogar luz sobre a pena de morte na China. Associações de direitos humanos, como a Anistia Internacional, dizem que a potência asiática executa mais pessoas que qualquer outro país do mundo.

Em 2015, a China reduziu de 56 para 44 o número de crimes que podem levar à pena de morte, incluindo homicídio, estupro e tráfico de drogas, mas as sentenças de morte continuam frequentes. Além da China, segundo a Anistia Internacional, grande parte execuções registradas no mundo ocorrem no Irã, Arábia Saudita, Egito, Iraque e Paquistão.

Dados da Anistia também apontam que 142 países já aboliram a pena de morte. Em 2021, após o fim das restrições impostas pela covid, houve um aumento do número de execuções e condenações à morte. Foram pelo menos 579 execuções em 18 países, o que significa um aumento de 20% em relação a 2020, quando houve 483 mortes.

O Irã foi o responsável pela maior parte das execuções do ano passado: 314 contra 246 em 2020. Foi o número mais alto registrado em território iraniano desde 2017. A Arábia Saudita mais que duplicou o número de execuções no ano passado e essa tendência estendeu-se também para 2022, com a morte de 81 pessoas em um único dia em março.

Ainda assim, o total de execuções em 2021 no mundo todo representa o segundo mais baixo registado pela Anistia Internacional desde 2010. Os dados não levam em consideração grande parte das execuções em países como China e Coreia do Norte, que dificultam o acesso às informações.

“Após a queda nos números de execuções em 2020, o Irã e a Arábia Saudita voltaram a intensificar o uso da pena de morte no ano passado. A sua vontade em retomar as execuções foi igualmente visível nos primeiros meses de 2022, sem mostrar sinais de abrandamento”, disse Agnès Callamard, secretária-geral da Anistia Internacional.

Entre os demais países que ainda adotam a pena de morte, estão, por exemplo, Bangladesh, Índia, Somália, Sudão do Sul, Iemên, Japão, Congo e Vietnã. Além disso, alguns estados norte-americanos e o governo federal dos EUA também permitem a execução de condenados.

Foto:Tribunal de Ningbo/Divulgação

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