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Após chuva, lâmina d'água é formada na Lagoa do Peixe, em Mostardas
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Publicado em 07/02/2022

Após a chuva que caiu no Rio Grande do Sul no último sábado (5), uma lâmina d'água foi formada na Lagoa do Peixe, em Mostardas, no Litoral do estado. Na última semana, o local estava seco em razão da estiagem que atinge o RS. Cerca de 1,5 tonelada de peixes morreram. Prefeituras calculam prejuízo de R$ 5 milhões para a economia, baseada na pesca.

De acordo com a Climatempo, entre os dias 4 e 5 de fevereiro, choveu cerca de 100mm na região.

O parque da Lagoa do Peixe se estende por 36.721,71 hectares. O corpo d'água fica entre a Lagoa dos Patos e o Oceano Atlântico, também abrangendo o município de Tavares (veja a localização abaixo).

 

A hidróloga Marcela Nectoux, da Sala de Situação da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, explica que a estiagem afeta a região desde 2019. Contudo, as temperaturas elevadas das últimas semanas, com registro de onda de calor no estado, facilitaram a evaporação no local.

 

"Tanto a Lagoa do Peixe quanto todas as lagoas que compõem aqui a nossa costa gaúcha são bastante impactadas por essa questão da temperatura elevada, que foi uma marca deste verão", aponta.

Com a baixa do nível da lagoa, houve aumento da concentração de sais na água, matando camarões e peixes . O presidente da Colônia de Pescadores Z-11 de Tavares, Jair Lucrécio, afirma que presenciou poucas vezes períodos de estiagem tão graves quanto este em 40 anos de trabalho. Ele diz ser difícil calcular os prejuízos das mais de 200 famílias que dependem da atividade.

 

"A coisa é grave. A gente tem autorização de pescaria no parque, só que a lagoa secou 90%. O pessoal vive daquilo", diz.

 

Além das espécies aquáticas, há animais ameaçados de extinção que estão protegidos na unidade, como as aves gavião-cinza, gaivota-de-rabo-preto, sanã-cinza e trinta-réis-real.

 

 

Localização

 

 

O Parque Nacional da Lagoa do Peixe fica a 222 km de Porto Alegre. As principais formas de acesso ao local, a partir da Capital, são as rodovias ERS-040 e BR-101.

A lagoa – uma laguna, na verdade, por possuir ligação com o Oceano Atlântico – possui 2 km de largura e 35 km de comprimentoA profundidade média é de 60 cm.

O parque foi criado em 1986 com o objetivo de proteger as espécies de aves migratórias e as amostras dos ecossistemas litorâneos do Rio Grande do Sul. Segundo o ICMBio, a área é considerada um berçário de espécies marinhas, como o camarão-rosa, a tainha e o linguado. A lagoa também atrai variadas espécies de aves, encontrando farta alimentação no local.

 
Por g1 RS e RBS TV
 
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