Com a baixa do nível da lagoa, houve aumento da concentração de sais na água, matando camarões e peixes . O presidente da Colônia de Pescadores Z-11 de Tavares, Jair Lucrécio, afirma que presenciou poucas vezes períodos de estiagem tão graves quanto este em 40 anos de trabalho. Ele diz ser difícil calcular os prejuízos das mais de 200 famílias que dependem da atividade.
"A coisa é grave. A gente tem autorização de pescaria no parque, só que a lagoa secou 90%. O pessoal vive daquilo", diz.
Além das espécies aquáticas, há animais ameaçados de extinção que estão protegidos na unidade, como as aves gavião-cinza, gaivota-de-rabo-preto, sanã-cinza e trinta-réis-real.
O Parque Nacional da Lagoa do Peixe fica a 222 km de Porto Alegre. As principais formas de acesso ao local, a partir da Capital, são as rodovias ERS-040 e BR-101.
A lagoa – uma laguna, na verdade, por possuir ligação com o Oceano Atlântico – possui 2 km de largura e 35 km de comprimento. A profundidade média é de 60 cm.
O parque foi criado em 1986 com o objetivo de proteger as espécies de aves migratórias e as amostras dos ecossistemas litorâneos do Rio Grande do Sul. Segundo o ICMBio, a área é considerada um berçário de espécies marinhas, como o camarão-rosa, a tainha e o linguado. A lagoa também atrai variadas espécies de aves, encontrando farta alimentação no local.