Atualmente, pouco mais de 15 milhões de brasileiros estão com o título irregular. Cerca de 4,5 milhões deixaram de votar ou justificar a ausência nas últimas eleições. Mais de 10 milhões tiveram o título cancelado, porque foram chamados para fazer o cadastramento biométrico e não compareceram.
Mesmo a Justiça tendo suspendido temporariamente a biometria nas eleições, por causa da pandemia, esses eleitores precisam fazer a revisão cadastral para regularizar a situação.
“Já que a pessoa deixou de comparecer quando foi obrigado, a Justiça Eleitoral vai querer saber onde ela está, se está morando no mesmo município, se é num município diferente, se alterou algum dado, se houve alguma alteração no nome ou não, se permanece tudo igual… Não vai colher a biometria, mas esses outros dados são importantes para o cadastro eleitoral”, afirmou o coordenador da Central de Atendimento ao Eleitor de Belo Horizonte, Virlei Oliveira.
Os eleitores têm até o dia 4 de maio para regularizar a situação, mas nem todo mundo precisa sair de casa. Praticamente todos os serviços oferecidos pelos cartórios eleitorais, inclusive para regularização do título, podem ser feitos pela internet.
A Justiça Eleitoral pede que os eleitores deem preferência ao atendimento on-line, principalmente para evitar aglomerações em tempos de pandemia.
“No cenário normal, nós já temos dificuldade em relação ao atendimento, porque as pessoas acabam deixando para os últimos dias, e isso agrava a situação, principalmente porque muitos TREs, acredito que a maioria deles, não estão atendendo eleitores de forma presencial”, lembrou Sandro Vieira, juiz auxiliar da Presidência do TSE.
Quem continuar com o título de eleitor suspenso ou cancelado, fica impedido, entre outras coisas, de tirar passaporte e prestar concurso público.
Fonte: Jornal O Sul
Foto: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas