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“Meu sonho é um terreno”, diz catador que sobrevive com R$600 mensais em Ijuí
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Publicado em 04/01/2022

Era quase meio dia de uma segunda-feira em que os termômetros marcavam 35ºC e a sensação térmica, indescritivelmente maior, quando fomos recebidas na casa do Marcos Aurélio Baldisseira, no Assentamento Maria Bonita, bairro Getulio Vargas. Gentil, ele chamou a equipe da RPI para a sombra de um zinco, utilizado com área de sua casa, uma pequena construção de madeira, o típico “barraco”.

Marcos conta que trabalha com reciclagem desde os 18 anos e nunca conseguiu economizar o suficiente para adquirir um terreno, por isso, questionado sobre qual seria seu pedido, caso tivesse certeza da realização, respondeu rapidamente: um terreno. “A casa a gente dá um jeito depois, o que eu queria mesmo era um terreno pra ficar tranquilo”, disse.

O sonho dele ganhou um alento. Há alguns dias, ele foi chamado para comparecer na Secretaria de Habitação, onde foi informado que o local que ocupa atualmente, pertence à prefeitura. Na ocasião, o secretário explicou as possibilidades de encaminhamento para conseguir espaços através da prefeitura. “Ele disse que eu poderia me inscrever para concorrer a um terreno, o que me deixa mais aliviado”.

Marcos trabalha com reciclagem, o que possibilita o alcance de uma renda mensal de não mais que R$500 reais. Além disso, recebe benefício do governo no valor de R$100, além disso, consegue alguns pequenos fretes, que faz também com a carroça. Os dois cavalos consomem aproximadamente R$200 em ração. “Eu cuido direitinho deles”, garantiu.

 

 

Fonte: Rádio Progresso de Ijuí

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