O supertelescópio James Webb foi lançado em Kourou, na Guiana Francesa, no sábado (25) de Natal, após três adiamentos. O lançamento, que foi feito no foguete Ariane 5, saiu de solo terrestre por volta das 9h20min.
O novo equipamento é cem vezes mais potente do que seu antecessor, Hubble, e os cientistas afirmam que o James Webb ajudará a compreender as origens do universo.
A missão é uma parceria internacional da Nasa com a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Canadense (CSA). Agora, o novo observatório chegará em duas semanas ao local onde ficará orbitando o Sol, a 1,5 milhão de quilômetros da Terra.
O lançamento do James Webb é uma das missões mais complexas da história da Nasa. O JWST (James Webb Space Telescope), como também é chamado, é um grande telescópio infravermelho com um espelho composto por 18 segmentos hexagonais e diâmetro de 6,5 metros, três vezes o do Hubble, o seu telescópio antecessor lançado em 1990.
Segundo a agência espacial norte-americana, Webb “resolverá mistérios no sistema solar, olhará além para mundos distantes ao redor de outras estrelas e investigará as misteriosas estruturas e origens de nosso universo”. ” Como chegamos aqui?” Nós estamos sozinhos no universo?” “Como funciona o universo?” são algumas perguntas que Hubble já investigava e que JWST dará sequência à procura das respostas.
O telescópio consegue detectar comprimentos de onda infravermelho da galáxia e a luz visível de objetos a longa e, por isso, conseguirá observar fenômenos que o Hubble não conseguia. Assim, com ele, poderemos ver fenômenos nunca antes vistos por qualquer outro observatório.
De acordo com a Nasa, ele será como uma máquina do tempo, pois irá estudar todas as fases da história cósmica — de dentro do nosso sistema solar às galáxias observáveis mais distantes no início do universo. Ele terá como objetivo estudar exoplanetas — planetas que orbitam um sistema planetário diferente do nosso — e observar as primeiras galáxias e estrelas formadas no universo.
A previsão dos cientistas é que seja possível observações no telescópio James Web a partir de maio de 2022.
Fonte: GZH