Fundador do jornal, Guilherme Lupatini, conta como iniciou o veículo que se tornou referência na comunicação regional
Quem é de Espumoso e região, certamente conhece o Jornal ‘Folha Espumosense’, mas não são todos que sabem como começou este jornal, que acompanhou o município por muitos anos e findou seus trabalhos recentemente.
Tudo começou com Guilherme Lupatini, hoje com 88 anos. Na década de 70, ele que já foi colono, taxista por 10 anos e músico durante 15 anos, decidiu criar a gráfica e um jornal, na mesma época. Pois viu a necessidade de se ter notícias sobre município, em um jornal local.
Ele começou com o jornal ‘O Baluarte’, que foi o primeiro nome do jornal – em homenagem ao grupo de música Os Baluartes, em que Guilherme fazia parte -, após um período, o jornal passou a se chamar ‘Folha Espumosense’. “Na época não tinha nada em espumoso”, ressaltou Guilherme, sobre a decisão de criação.
Naquela época, o Jornal era feito manualmente. Segundo ele, tudo que se precisava de materiais vinha de Porto Alegre. Quando abriu a gráfica, criou o jornal. E logo tudo foi feito em Espumoso. Ele começou com duas páginas no jornal. “Foi um sacrifício”, lamentou ele sobre o início do jornal. Mas com o tempo, o Folha Espumosense foi crescendo e ganhando público. “Enviávamos pelos Correios os jornais, incluindo para fora do estado. As pessoas que saíram de Espumoso queriam saber da cidade”, contou ele. Nestes anos que esteve à frente, sua esposa, Dionisia Lupatini, foi editora chefe. Guilherme Lupatini também foi responsável por trazer a Rádio Planetária.
Dois funcionários que hoje são colaboradores no Tribuna de Espumoso, começaram com o Sr. Guilherme. Juarez era da gráfica e Mauro entregava jornal.
Guilherme permaneceu a frente do Folha Espumosense durante 15 anos, quando vendeu para Delair Francisco Koch, que naquela época estava iniciando sua carreira no jornalismo – ao todo o jornal Folha Espumosense tem 47 anos. Depois disso, Lupatini resolveu se dedicar apenas a gráfica, que cresceu e hoje conta com maquinários de ponta e já não é mais administrada pelo senhor Guilherme e sim por seu filho.
A gráfica se tornou uma empresa da família e já está na terceira geração, com sua neta Jordana Lupatini Dolci.
Foto/Reportagem: Ariella Guimarães - Jornalista