Giorgio Armani, fundador do Grupo Armani, morreu na última quinta-feira (4), aos 91 anos. O estilista italiano, que não teve filhos, deixou uma fortuna estimada em US$ 12,1 bilhões que deverá ser distribuída entre familiares e seu parceiro comercial de longa data.
Em uma entrevista ao Financial Times publicada poucos dias antes de sua morte, Armani mencionou a existência de um plano de sucessão. “Meus planos de sucessão consistem em uma transição gradual das responsabilidades que sempre assumi para aqueles mais próximos de mim”, disse o estilista.
Entre os herdeiros da fortuna bilionária estão Rosana, irmã mais nova do estilista, as sobrinhas Silvana e Roberta, o sobrinho Andrea Camerana, além de Leo Dell’Orco, seu parceiro de negócios que trabalhou ao seu lado por décadas.
A morte ocorreu na residência do estilista na Itália. Nos meses anteriores, a saúde de Armani já mostrava sinais de fragilidade. Ele não compareceu aos desfiles de sua própria marca durante a Semana de Moda Masculina de Milão, fato inédito em sua carreira.
O comunicado oficial divulgado pelo Grupo Armani confirmou o falecimento. “O Grupo Armani comunica, com infinito pesar, o falecimento do seu criador, fundador e força incansável: Giorgio Armani. Sr. Armani, como sempre foi chamado com respeito e admiração pelos funcionários e colaboradores, faleceu pacificamente, cercado pelos seus entes queridos. Incansável, trabalhou até os últimos dias, dedicando-se à empresa, às coleções, aos diferentes e sempre novos projetos no ser e no ser”, informou a empresa.
O Grupo Armani ainda não divulgou detalhes sobre como será realizada a divisão específica dos bens entre os herdeiros.
Construtor de um império no setor de luxo, Giorgio era um criador visionário, reconhecido por sua atuação em alta-costura, prêt-à-porter, acessórios, perfumes e joias, além de projetos de arquitetura de interiores e hotéis de luxo em cidades como Milão, Paris, Nova York, Tóquio, Seul e Xangai.
“Ele foi movido por uma curiosidade inexorável, atenção ao presente e as pessoas. Nesta jornada ele criou um diálogo aberto com o público, tornando-se uma figura amada e respeitada por sua capacidade de comunicar com todos”, seguiu a nota da empresa, que tem 50 anos de história.
O velório do estilista começou nesse sábado (6) e seguirá até este domingo (7), em Milão. Atendendo a pedidos de Armani, o funeral acontecerá de forma privativa.
Fundador de um império no setor de luxo, Armani faleceu, deixando para trás não apenas um legado criativo indelével, mas também um sólido império industrial e uma fortuna que o coloca em quarto lugar entre os homens mais ricos da Itália.
O estilista nascido em Piacenza não detém apenas uma participação de 99,9% na Armani SpA, que construiu ao longo de meio século de trabalho apaixonado, estabelecendo estruturas de governança para o futuro com bastante antecedência e com o mesmo rigor que caracterizou seus sucessos nas passarelas.
Ele também possui um vasto portfólio imobiliário da espetacular vila em Pantelária, na região da Sicília, à residência de verão em Forte dei Marmi; da casa no centro de Milão na Via Borgonuovo à adorada Villa Rosa na área de Oltrepò Pavese, além de inúmeras outras residências ao redor do mundo, de Saint Moritz a Paris e Saint Tropez.
Entre seus bens há também obras de arte, o time de basquete Olimpia Milano e, finalmente, o histórico clube La Capannina, um dos lugares favoritos de Armani, comprado há poucos dias.
Giorgio Armani, fundador do Grupo Armani, morreu na última quinta-feira (4), aos 91 anos. (Foto: Reprodução)