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Juiz nega pedido para remover vídeo de “chá revelação” que expôs traição em Quinze de Novembro
Caso viralizou com mais de 33 milhões de visualizações
Publicado em 17/07/2025 19:50
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O juiz João Gilberto Engelmann, da Vara Judicial da Comarca de Ibirubá, negou nesta na última terça-feira, 15/07, um pedido de urgência apresentado por Rafael Eduardo Schemmer para a remoção de vídeos e conteúdos relacionados ao “chá revelação” que expôs publicamente uma traição conjugal no município de Quinze de Novembro, no Noroeste do Rio Grande do Sul. A decisão foi publicada pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJRS) nesta quarta-feira (16).

O episódio, ocorrido no último dia 9 de julho, viralizou nas redes sociais, somando mais de 33 milhões de visualizações. No vídeo, Natália Knak — então companheira de Rafael e grávida de 11 semanas — organiza um encontro familiar com a proposta de anunciar o sexo do bebê, mas utiliza o momento para denunciar múltiplas traições cometidas por ele. A gravação aconteceu na casa dos pais de Rafael, com a presença de cerca de 30 familiares.

Rafael Schemmer solicitava a exclusão imediata de todos os conteúdos relacionados ao caso — incluindo vídeos, fotos, áudios, memes e montagens — das plataformas digitais, alegando violação de sua intimidade e sofrimento pessoal. Ele também atribuía à própria Natália a divulgação inicial do vídeo, o que ela nega, afirmando que seus perfis nas redes sociais eram privados.

Ao negar o pedido, o juiz Engelmann argumentou que não é possível conter a ampla disseminação do conteúdo:

“Não é possível, frente ao cenário apresentado, refrear toda a informação acerca dos fatos em todos os veículos de comunicação, notadamente nas redes sociais, nas quais as mídias originalmente veiculadas pela parte ré já possuem abrangência capilarizada.”

O magistrado também destacou que o autor demonstrou consciência e aceitação das consequências ao se manifestar publicamente sobre o episódio. O processo segue em segredo de justiça.

Primeiras manifestações públicas

Nesta quarta-feira, Natália Knak publicou um comunicado oficial em suas redes sociais, agradecendo as mensagens de apoio e afirmando que está priorizando a própria saúde e a do filho. Ela pediu o fim da disseminação de fake news e perfis falsos, e alertou que tomará medidas judiciais contra os responsáveis.

Já Rafael, por meio de seu advogado, reconheceu a infidelidade e lamentou a repercussão. “Estou aqui para assumir as consequências e as responsabilidades pelos meus atos. Mas peço, do fundo do coração, que todos tenham um pouco mais de consciência”, declarou. Ele afirmou ainda que o caso gerou sofrimento para diversas pessoas, incluindo dois bebês que estão sendo gestados — um deles fruto de relação extraconjugal, segundo relatos do vídeo.

O vídeo

A gravação mostra Natália segurando uma caixa decorada com fitas azul e rosa. Ao invés de anunciar o sexo do bebê, ela revela a existência de múltiplas traições por parte do companheiro, exibindo impressões de mensagens e fotos extraídas do celular de Rafael. Em determinado momento, a mulher pergunta:

“Qual que é realmente teu filho legítimo? E qual que é teu filho com a tua amante?”

Durante o constrangimento coletivo, parentes afirmam já saber dos casos extraconjugais e até da existência de outro filho fora da relação. Rafael, confrontado, nega com a cabeça quando questionado se gostaria de se defender.

O caso gerou debates acalorados nas redes sobre privacidade, vingança, infidelidade e a viralização de conteúdos íntimos na internet. Enquanto o vídeo segue circulando em diversas plataformas, o debate jurídico e social está longe de se encerrar.

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