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Colheita de erva-mate avança no RS com boa produtividade, mas exportações seguem lentas
Publicado em 20/06/2025 13:47
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A colheita da erva-mate segue intensa nas principais regiões produtoras do Rio Grande do Sul, segundo aponta o Informativo Conjuntural divulgado nesta quarta-feira (18) pela Emater/RS-Ascar. Apesar da boa produtividade e do ritmo acelerado na industrialização, as exportações seguem em ritmo lento, influenciadas pela instabilidade no mercado internacional e pela regularização dos estoques na Argentina.
Na região administrativa de Erechim, a produtividade média é estimada em 800 arrobas por hectare, com o valor da arroba pago pela indústria em torno de R$ 18,00. Já na região de Frederico Westphalen, o clima tem favorecido o desenvolvimento dos ervais. A colheita ocorre em bom ritmo, com preços variando entre R$ 22,00 por arroba para folhas destinadas ao chimarrão, R$ 18,00 para exportação e tererê e R$ 2,50 por muda. As mudas estão em fase de rustificação para plantio desde maio.
No Polo Ervateiro do Nordeste Gaúcho, a colheita segue o calendário habitual. Em Machadinho, a erva-mate comum é comercializada a R$ 18,00 por arroba, enquanto a cultivar Cambona alcança R$ 19,50. Em Mato Castelhano, a erva-mate destinada ao sistema barbaquá tem preço médio de R$ 20,00 por arroba, e as mudas são vendidas a R$ 1,50.
Na região de Soledade, o período também é de colheita intensa, mas há sinalização de redução na área plantada este ano. A decisão dos produtores se dá diante das dificuldades para contratação de mão de obra e do cenário de comercialização pouco animador para as próximas safras.
A qualidade da erva-mate nesta época do ano tende a ser maior, devido à predominância de folhas maduras. Além da colheita, os produtores seguem com práticas como roçadas e semeadura de plantas de cobertura de inverno. Os valores pagos aos tarefeiros variam entre R$ 6,00 e R$ 8,00 por arroba. Já em municípios como Itapuca e Mato Leitão, o preço ao produtor oscila entre R$ 14,00 e R$ 18,00 por arroba.
Apesar das dificuldades no mercado externo, o setor segue ativo nas regiões produtoras e mantém otimismo quanto à qualidade do produto colhido nesta safra.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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