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Conflito Irã-Israel entra na primeira semana com 248 mortos e bombardeios em hospitais, edifícios e centros militares
Publicado em 16/06/2025 13:42
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O confronto armado entre Irã e Israel entrou no quarto dia nesta segunda-feira (16) e já contabiliza 248 mortos — sendo 224 em Teerã e 24 em cidades israelenses. Nas últimas horas, novos ataques lançados pelo Irã atingiram áreas urbanas de Israel, matando 11 pessoas. A tensão cresce e o conflito caminha para sua primeira semana cheia, com promessas de mais ofensivas de ambos os lados.
Em Tel Aviv, vídeos da agência AFPTV mostram a destruição em prédios residenciais e equipes de resgate buscando sobreviventes entre os escombros. Os mísseis iranianos também atingiram Petah-Tikva, Bnei-Brak e Haifa. A Guarda Revolucionária Iraniana classificou os bombardeios como “bem-sucedidos” e prometeu "operações mais devastadoras contra alvos vitais israelenses".
Em resposta, a Força Aérea de Israel bombardeou centros de comando das Forças Quds em Teerã. De acordo com o Exército israelense, os ataques destruíram "um terço" dos lançadores de mísseis terra-terra iranianos.
Durante o dia, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, fez uma declaração na plataforma X afirmando que o país “não tem intenção de ferir civis iranianos”, mas admitiu que “a população talvez tenha de pagar” pelo que chamou de ações do “ditador assassino” iraniano. Já em território iraniano, os bombardeios atingiram um hospital em Kermanshah e o quartel dos bombeiros em Musiyan, segundo a agência Tasnim.
Com o agravamento da situação, o presidente do Irã, Masud Pezeshkian, fez um apelo pela unidade nacional: “Qualquer divergência, assunto ou problema deve ser deixado de lado. Devemos permanecer firmes contra esta agressão criminosa com unidade e coerência”, disse ao Parlamento.
Nos Estados Unidos, o ex-presidente Donald Trump, aliado de Israel, pediu no domingo por um “acordo” entre os dois países, mas logo depois declarou que talvez “tenham de lutar primeiro”. O embaixador americano em Israel, Mike Huckabee, confirmou que o edifício da embaixada em Tel Aviv sofreu danos leves. Ainda segundo uma fonte anônima do governo dos EUA, Trump teria vetado um plano israelense para assassinar o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei.
O clima em Teerã nesta segunda-feira era de medo. O Grande Bazar permaneceu fechado e as ruas estavam praticamente desertas. Longas filas de veículos deixavam a cidade. “Não conseguimos dormir desde sexta-feira. Hoje, uma casa na nossa rua foi atingida. Decidimos sair de Teerã”, relatou Farzaneh, dona de casa de 56 anos.
Em Israel, o medo também se espalha. “Corremos para um abrigo quando ouvimos as sirenes. Depois da explosão, vimos todas as casas destruídas”, contou Henn, moradora de Petah Tikva.
A escalada da violência preocupa a comunidade internacional, mas até o momento não há sinais concretos de cessar-fogo.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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