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Advogado condenado a 96 anos é preso em Passo Fundo por lavagem de dinheiro na Operação Barba Negra
Publicado em 05/06/2025 14:15
POLÍCIA
Um advogado condenado a 96 anos de prisão por apropriação indébita foi preso preventivamente na manhã desta quinta-feira (5) em Passo Fundo, no Norte do Rio Grande do Sul. A prisão, realizada com apoio da Polícia Civil, é mais um desdobramento da Operação Barba Negra, deflagrada em 21 de maio pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do RS (GAECO/MPRS).
O advogado, que estava em liberdade condicional e utilizava tornozeleira eletrônica, foi detido em casa e encaminhado ao Presídio Regional de Passo Fundo. De acordo com o promotor Diego Pessi, coordenador do 7º Núcleo Regional do GAECO-Planalto e responsável pela operação, a prisão visa garantir a ordem pública e econômica, além de assegurar a continuidade da investigação e o cumprimento da lei penal.
Durante o cumprimento dos mandados judiciais no mês passado, foram apreendidos cerca de R$ 4,7 milhões em dinheiro na casa e em um prédio ligado ao investigado. Segundo o Ministério Público, a Operação Barba Negra apura um esquema de apropriação indevida de valores obtidos por meio de ações judiciais, seguido da ocultação e dissimulação da origem dos recursos ilícitos.
Estima-se que a organização criminosa tenha movimentado aproximadamente R$ 40 milhões, utilizando empresas de fachada e terceiros para esconder os valores desviados. As investigações seguem em andamento, com análise de documentos, materiais apreendidos e depoimentos, visando identificar outros crimes e aprofundar a apuração das movimentações financeiras suspeitas.
O advogado preso nesta quinta-feira foi condenado em 2024, em regime fechado, por crimes cometidos entre 2007 e 2012. Na época, ele captava clientes de uma operadora de telefonia para propor ações judiciais, mas teria embolsado a maior parte dos valores resultantes dos processos. Desde 2015, está impedido de exercer a advocacia por decisão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: Correio do Povo
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