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“Nem sabia que a LADY GAGA estava no país”, diz GAÚCHO preso por suposto PLANO TERRORISTA
Publicado em 12/05/2025 15:49
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O vigilante Luiz Fabiano da Silva, de 49 anos, morador de Novo Hamburgo, foi libertado no último sábado (10) após passar sete dias preso preventivamente em uma cela coletiva em Porto Alegre. Ele havia sido acusado de envolvimento em um suposto plano de atentado a bomba contra o público do show da cantora Lady Gaga, realizado no dia 3 de maio, em Copacabana, no Rio de Janeiro.
A soltura ocorreu após novas investigações indicarem que a internet de Luiz Fabiano foi clonada e que ele não teria participado do complô. Segundo a defesa, o mentor do plano — que não chegou a ser executado — seria um jovem localizado no Rio de Janeiro, que teria hackeado o IP do celular do vigilante para ocultar sua própria localização. Esse rapaz também foi preso.
O caso teve início após uma denúncia anônima feita à prefeitura do Rio e repassada à Polícia Civil. A partir dela, o Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab), do Ministério da Justiça, produziu um relatório técnico que levou à identificação de usuários da plataforma Discord, onde o ataque teria sido planejado. O nome de Luiz Fabiano apareceu por conta do uso indevido de seu IP — espécie de identidade digital — por um dos investigados.
Luiz Fabiano chegou a ser detido duas vezes na mesma semana. Na primeira, por posse de armas, incluindo um revólver com numeração raspada, o que resultou em prisão em flagrante e posterior liberação mediante fiança. Dois dias depois, teve a prisão preventiva decretada e foi enviado ao Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp), em Porto Alegre. A decisão de soltá-lo foi tomada durante a madrugada pelo juiz Jaime Freitas da Silva, que considerou o caso urgente.
Vestindo uma camiseta de empresa de segurança — já que teve suas roupas extraviadas —, Luiz Fabiano deixou o presídio na manhã seguinte. Em entrevista, ele descreveu a semana encarcerado como um "pesadelo" e afirmou que os colegas de cela o apoiaram por acreditarem em sua inocência. No Dia das Mães, celebrou a liberdade com um churrasco ao lado da esposa, dos três filhos, dos pais e do irmão.
O processo judicial contra o vigilante ainda está em andamento, até que seja comprovado de forma definitiva que ele foi vítima de um ataque cibernético. O celular original de Luiz Fabiano segue apreendido. O advogado Michel França, especialista em crimes digitais, afirma que o caso demonstra os riscos de falhas na interpretação de dados técnicos sem análise aprofundada.
Até o momento, o Ministério Público do Rio Grande do Sul aguarda a conclusão das apurações para decidir se oferecerá denúncia. O Tribunal de Justiça do Estado e a Polícia Civil gaúcha afirmam que não irão se manifestar, já que o caso corre sob segredo de Justiça.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: GZH
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