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Estiagem afeta produção leiteira no RS, mas melhora do clima traz alívio em algumas regiões
Publicado em 07/05/2025 10:35
AGRO

A estiagem segue impactando a agropecuária no Rio Grande do Sul, conforme aponta o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar. Em diversas regiões, produtores enfrentam perdas em lavouras de milho destinadas à silagem e observam a degradação dos campos nativos utilizados na alimentação dos rebanhos. Mesmo com o cenário desafiador, o preço do leite permanece estável no estado.

Segundo o boletim, os produtores continuam atentos ao controle sanitário, especialmente de moscas e carrapatos. Em Bagé, propriedades que mantêm reservas de feno e silagem conseguiram preservar a produtividade e a qualidade do leite. Já em Caxias do Sul, a queda das temperaturas tem favorecido o bem-estar animal, com a sanidade dos rebanhos mantida dentro da normalidade.

Na região de Erechim, o estado nutricional das vacas é considerado satisfatório, impulsionado pelo aumento no consumo de alimentos com a redução das temperaturas. Os produtores têm intensificado a suplementação com silagem de verão e inverno, além de feno e pré-secados, sobretudo nos rebanhos a pasto.

Em Frederico Westphalen, o clima mais ameno e as chuvas recentes garantiram conforto térmico ao gado. Em Ijuí, a estiagem beneficiou as condições de higiene nas propriedades, refletindo na melhoria da qualidade do leite. Já em Passo Fundo, a baixa disponibilidade de forragens exige ajustes nas dietas com alimentos conservados e concentrados, embora esses esforços nem sempre impeçam a queda na produção durante o período de transição forrageira.

Na região de Pelotas, os produtores apostam na irrigação de pastagens perenes, silagem e ração para manter o fornecimento de alimento. Apesar da redução na produção em diversas localidades, São Lourenço do Sul apresentou leve aumento, atribuído à melhora no clima e no bem-estar dos animais.

 

Na capital, Porto Alegre, a comercialização de terneiros e vacas de descarte segue estável. No entanto, a Emater aponta que o maior desafio tem sido garantir o ganho de peso dos animais antes da venda, em razão das condições climáticas adversas.

Com informações: Jornalista Fernando Kopper

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