O homem é investigado pela participação no assassinato de Neusa Maria Rapkievicz, de 56 anos, e Ana Paula Rapkievicz, de 32, mãe e filha, que foram mortas em uma emboscada no dia 14 de junho de 2020, na localidade de Capela Geral Velha, zona rural de Casca. Segundo as investigações, o crime foi premeditado e motivado por conflitos entre famílias. De acordo com a Polícia Civil, o ex-genro de Ana Paula e o pai dele teriam pago R$ 20 mil a quatro criminosos de fora da cidade para executarem as vítimas.

— Pode-se dizer que foram brigas familiares e dinheiro envolvendo famílias. Eles tinham uma relação de parentesco — afirmou o delegado Venicios Ildo Demartini, responsável pela investigação.

No dia anterior ao crime, um dos mandantes viajou à Região Metropolitana para buscar um dos executores, que morava em Novo Hamburgo. Na mesma noite, houve uma confraternização entre os mandantes e os atiradores. No dia 14, os mandantes mostraram aos criminosos o local da emboscada, a rota de fuga e definiram o horário da execução, marcado para pouco depois das 19h, quando Neusa e Ana Paula retornariam à propriedade após deixarem a neta em casa.

Segundo a Polícia, após o crime, os executores retornaram ao esconderijo e avisaram os mandantes por telefone. Durante os dois meses seguintes, as investigações levaram à apreensão de uma espingarda de pressão adaptada para calibre .22 e um revólver calibre .32, que foi enviado para perícia por suspeita de ter sido usado no duplo homicídio.

Dos quatro executores contratados, dois são de Casca, um de Novo Hamburgo e outro de Palhoça, em Santa Catarina. Com a prisão do foragido nesta semana, a Polícia Civil considera mais uma etapa concluída nas ações para responsabilizar todos os envolvidos no crime. Após os procedimentos legais, o preso foi encaminhado ao sistema prisional.

Com informações: Jornalista Fernando Kopper