O ônibus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) que se envolveu no acidente que deixou sete mortos e 26 feridos em Imigrante, no Vale do Taquari, apresentava desgaste excessivo em um dos freios traseiros. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (28) pelo delegado José Romaci Reis, responsável pela investigação, com base em laudo elaborado pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP).
De acordo com o delegado, a análise técnica apontou que, na roda traseira direita, praticamente não havia lona de freio, o que pode ter comprometido completamente a capacidade de frenagem do veículo. “Estava quase ferro com ferro. Não tem como segurar um veículo assim”, disse Romaci, em entrevista à Zero Hora.
O laudo pericial foi entregue nesta tarde à Polícia Civil e será analisado em detalhes para verificar se há outros elementos que contribuíram para o acidente. Segundo o delegado, não está descartada a possibilidade de uma nova perícia ser realizada no próprio ônibus. A investigação também busca avaliar se o comportamento do motorista foi adequado diante das condições do veículo.
O acidente aconteceu por volta das 11h15min do dia 4 de abril, na estrada que liga Imigrante à RS-453, quando o ônibus que transportava estudantes e servidores da UFSM despencou de um barranco de aproximadamente 100 metros, tombando várias vezes. O grupo viajava para uma visita técnica ao Cactário Horst, referência nacional na produção de plantas ornamentais.
As sete vítimas fatais foram identificadas como Dilvani Hoch (55 anos), Elizeth Fauth Vargas (71), Fátima E. R. Copatti (69), Flavia Marcuzzo Dotto (44), Janaina Finkler (21), Marisete Maurer (54) e Paulo Victor Estefanói Antunes (27). O inquérito policial segue em andamento, sem prazo definido para conclusão.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
