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Sobe para dez o número de feminicídios no RS durante o feriadão
Publicado em 22/04/2025 13:39
POLÍCIA

O feriado prolongado da Páscoa foi marcado por uma onda de violência contra mulheres no Rio Grande do Sul. Entre a Sexta-feira Santa (18) e esta segunda-feira (21), foram registrados dez feminicídios em diversas regiões do Estado. As ocorrências, em sua maioria, tiveram como suspeitos ex-companheiros das vítimas, revelando um cenário alarmante de crimes motivados por relações marcadas por violência e rejeição ao fim dos relacionamentos.

Os crimes aconteceram nas cidades de Feliz, Parobé, São Gabriel, Bento Gonçalves, Viamão, Santa Cruz do Sul, Serafina Corrêa, Pelotas e Ronda Alta, com registros de assassinatos cometidos com uso de armas de fogo, facas e até facões. Em Ronda Alta, no Alto Uruguai, um homem matou a companheira, a enteada de 14 anos, e depois tirou a própria vida.

Em Pelotas, no caso mais recente, uma mulher foi assassinada a tiros no meio da rua, no bairro Liberdade, quando saía do trabalho. Já em Serafina Corrêa, uma jovem de 26 anos foi morta a tiros na frente dos filhos pequenos, dentro do apartamento onde vivia. Em Parobé, uma mulher grávida foi esfaqueada e morreu antes da chegada do socorro.

Os casos da Sexta-feira Santa somam seis feminicídios:

  • Em Feliz, um duplo homicídio vitimou Raíssa Müller, de 21 anos, e seu namorado, Éric Turato. O autor seria o ex de Raíssa.

  • Em Parobé, a jovem grávida foi morta na rua.

  • Em São Gabriel, uma mulher foi degolada em casa.

  • Em Bento Gonçalves, uma mulher de 54 anos foi esfaqueada no pescoço.

  • Em Viamão, uma mulher de 50 anos foi assassinada a tiros dentro de casa.

  • Em Santa Cruz do Sul, uma mulher foi golpeada com facão pelo ex, que foi preso no local.

Polícia Civil anunciou que vai antecipar o lançamento de uma plataforma online para solicitação de medidas protetivas, que poderá ser acessada através do site da Delegacia de Polícia Online da Mulher. O objetivo é facilitar o acesso à proteção, especialmente para vítimas que enfrentam barreiras para registrar ocorrências presencialmente.

 

A plataforma trará instruções detalhadas para o pedido da medida protetiva, com expectativa de lançamento nos próximos dias. A medida é vista como urgente e necessária, diante da escalada de feminicídios no Estado, muitos dos quais ocorreram sem que houvesse registros anteriores ou pedidos de proteção por parte das vítimas.

Com informações: Jornalista Fernando Kopper

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