O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a manifestar preocupações com sua segurança pessoal caso venha a ser preso no âmbito das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado. Em entrevista concedida ao programa Direto de Brasília na última quarta-feira (9), Bolsonaro afirmou temer ser eliminado na prisão, alegando que há uma intenção de silenciá-lo sem deixar rastros.
“Na verdade, eles querem me matar. Querem dar um fim em mim. Coloca na cadeia e é fácil eliminar alguém sem deixar provas. Eu sou um paralelepípedo no sapato deles”, declarou. O ex-presidente reforçou sua defesa de inocência, afirmando que “não há crime nenhum” de sua parte e criticou duramente o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, a motivação seria pessoal: “Comigo parece que é algo pessoal do Alexandre de Moraes. Não consigo entender outra coisa.”
As declarações repercutiram amplamente nas redes sociais e entre aliados, que enxergam nelas uma estratégia para manter a base bolsonarista mobilizada. A entrevista segue a mesma linha de discursos feitos por Bolsonaro em eventos como a manifestação em São Paulo que pediu anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro.
Além da entrevista, Bolsonaro tem intensificado sua presença pública por meio da campanha “Rota 22”, uma espécie de pré-campanha que o leva a eventos em diversos estados, com o objetivo de manter sua imagem em evidência até as eleições de 2026. O próximo destino do ex-presidente será o Rio Grande do Norte, onde deve seguir com sua agenda de encontros com apoiadores.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
