Lideranças do agronegócio gaúcho se reuniram na segunda-feira (24) no Palácio Piratini para discutir medidas emergenciais e estratégias de longo prazo para o setor. O encontro abordou os impactos de eventos climáticos extremos e a necessidade de apoio federal para a renegociação das dívidas dos produtores rurais.
Durante a reunião, foi destacada a importância da irrigação para aumentar a resiliência do setor, mas os desafios financeiros dificultam a implementação de medidas estruturantes. “Não conseguimos avançar com a irrigação se o produtor está endividado. É preciso resolver essa questão”, afirmou o governador Eduardo Leite. O presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Gedeão Pereira, reforçou a necessidade de renegociação das dívidas para permitir novos investimentos.
A securitização das dívidas foi um dos temas debatidos, mas as lideranças concordaram que é necessário buscar diferentes alternativas para garantir maior estabilidade ao setor. “A securitização pode ser um caminho, mas precisamos trabalhar com outras possibilidades para encontrar uma solução mais sustentável”, acrescentou Leite.
Na terça-feira (25), o governo estadual levou a discussão a Brasília, buscando apoio da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A reunião teve como objetivo ampliar a articulação política para viabilizar um entendimento nacional sobre a situação do agronegócio gaúcho. Antes disso, o governo já havia apresentado suas propostas à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), buscando alternativas para ampliar o acesso ao crédito e garantir novos investimentos para o setor.
No próximo dia 31, uma nova reunião no Palácio Piratini reunirá integrantes do governo estadual, deputados estaduais e federais e entidades do setor para dar continuidade às negociações e avançar na busca por soluções para os produtores rurais do Rio Grande do Sul.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
