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Mercado de trigo no Brasil apresenta variações regionais e expectativas mistas para o curto prazo
AGRO
Publicado em 07/03/2025
O mercado de trigo no Brasil segue com variações regionais significativas, com expectativas distintas para o curto prazo, conforme informações da TF Agroeconômica. No Rio Grande do Sul, os moinhos já têm a produção de março coberta e voltam suas atenções para abril, com preços ao produtor variando entre R$ 1.320,00 e R$ 1.350,00, dependendo da localização. No entanto, os vendedores estão pedindo valores mais altos, entre R$ 1.400,00 e R$ 1.450,00. O mercado de exportação, por sua vez, está praticamente encerrado, aguardando apenas o embarque de navios já nomeados, com um volume estimado de 1.750.000 toneladas exportadas. Em Panambi, o preço da pedra subiu para R$ 70,00 a saca, sinalizando uma possível valorização do produto.
Em Santa Catarina, o cenário é de estabilidade, mas com estoques elevados de farinha e dificuldades nas vendas de produtos processados. Os moinhos enfrentam desafios para equilibrar os custos de produção e os preços de venda, com uma fraca demanda que limita as expectativas de aumento de preços. O preço FOB da farinha continua em torno de R$ 1.400,00 a tonelada, com algumas ofertas do Rio Grande do Sul a R$ 1.300,00 FOB, o que, após o frete e ICMS, pode resultar em preços de até R$ 1.600,00/t no leste do estado. Já a demanda por farelo também caiu, o que resultou em uma redução no preço para R$ 1.100,00 por tonelada.
No Paraná, a situação é mais crítica, com o mercado de trigo escasso e preços elevados. Os vendedores pedem entre R$ 1.500,00 e R$ 1.600,00 FOB para o trigo disponível, com o trigo branqueador alcançando R$ 1.700,00 por tonelada devido à escassez. Além disso, os custos de frete continuam altos, impactados pela colheita da soja e do milho, e os preços de importação chegaram a US$ 265/270 no Oeste do estado e a R$ 1.600 no porto de Paranaguá. A média do preço da pedra no Paraná subiu 1,41%, alcançando R$ 74,27, o que reflete uma leve melhora no lucro médio dos triticultores.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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