O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se manifestou neste domingo, 2, contra a possível apreensão do passaporte de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), alvo de uma notícia-crime apresentada por deputados petistas à Procuradoria-Geral da República (PGR). A acusação contra Eduardo envolve crimes contra a soberania nacional.
Em uma publicação no X (antigo Twitter), Bolsonaro afirmou que a apreensão do passaporte de Eduardo teria o objetivo de "criar constrangimento" ou "instruir ação judicial" para impedi-lo de assumir a Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. O ex-presidente sugeriu ainda que a mobilização busca barrar o trabalho do filho na aprovação de "acordos assinados com a China" e ironizou a situação: "Um bom momento para se discutir soberania e crime de lesa pátria."
A notícia-crime foi apresentada pelo líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), e pelo deputado Rogério Correia (PT-MG), que pedem a investigação de Eduardo Bolsonaro por articular reações contra o Supremo Tribunal Federal (STF) com políticos americanos. Além disso, os deputados solicitam a apreensão do passaporte do parlamentar, alegando que ele estaria desenvolvendo "condutas ilícitas".
No sábado, 1º, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, solicitou que a PGR se manifeste sobre o caso em até cinco dias. O documento acusa Eduardo de liderar tentativas de constranger o Poder Judiciário nacional e seus integrantes.
Na semana passada, a Comissão Judicial da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei que pode barrar a entrada de Alexandre de Moraes no país, proposta que, segundo Eduardo Bolsonaro, foi solicitada por ele à deputada republicana María Elvira Salazar, da Flórida.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
