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Camiseta com mensagem escrita à mão é encontrada após morte de Deise Moura dos Anjos em prisão de Guaíba
Publicado em 15/02/2025 09:15
POLÍCIA
Uma camiseta com frases escritas à mão foi encontrada pela Polícia Penal após inspeção na cela de Deise Moura dos Anjos, que foi encontrada morta dentro da Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, na quinta-feira (13). Na mensagem, a mulher nega ser "assassina", referindo-se aos crimes dos quais é suspeita.
De acordo com a Polícia Civil, também foram encontrados papéis com rabiscos e cartas deixadas por Deise, que estão sendo analisados pelas autoridades e poderão ser usados como provas no inquérito. O chefe da corporação, Fernando Sodré, mencionou os documentos durante entrevista ao programa Conversas Cruzadas, na mesma quinta-feira.
Deise é suspeita de envenenar com arsênio a farinha usada para fazer um bolo consumido por familiares do marido, em Torres, no Litoral Norte, na véspera de Natal. A polícia também investiga se ela foi responsável pela morte do sogro, que faleceu em setembro de 2024 após consumir bananas e leite em pó que foram levados à casa dele pela nora.
A mulher estava presa temporariamente desde 5 de janeiro e, após um mês no Presídio Estadual Feminino de Torres, foi transferida para Guaíba em 6 de fevereiro por questões de segurança, após prorrogação de sua prisão pela Justiça.
Deise foi encontrada sozinha em sua cela, usando uniforme de detenta. As circunstâncias de sua morte ainda estão sendo investigadas pela Polícia Civil e pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP). A corregedoria-geral do sistema penitenciário abriu uma investigação interna para verificar possíveis falhas no acompanhamento da apenada.
Advogados de Deise relataram que ela não teria reagido bem à notícia de que seu marido pretendia pedir o divórcio e teria ameaçado tirar a própria vida. Eles afirmam que essa informação foi compartilhada com os agentes do presídio. Contudo, a Polícia Penal negou ter sido comunicada sobre qualquer risco de suicídio e afirmou que não houve qualquer aviso de sua defesa sobre a ameaça.
A Polícia Penal também esclareceu que Deise recebeu três atendimentos psicológicos em uma semana, mas não havia sinais claros de risco de suicídio. Eles afirmaram, ainda, que há um protocolo a ser seguido quando situações assim são comunicadas.
O corpo de Deise foi liberado pelo Instituto Médico Legal (IML) na noite de quinta-feira (13), e o velório ocorreu nesta sexta-feira (14), em uma cidade da Região Metropolitana, com cerimônia restrita a familiares.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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