Offline
Pesquisadores alertam para alta mortalidade por dengue grave em idosos no Rio Grande do Sul
NOTICIAS
Publicado em 07/02/2025
Pesquisadores da Fiocruz, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) apontaram um aumento significativo da mortalidade por dengue grave no Rio Grande do Sul, especialmente entre idosos, em estudo publicado na revista científica IJID Regions. O estado, historicamente menos afetado pela doença, registrou um crescimento expressivo na incidência e na letalidade nos últimos quatro anos, destacando-se em comparação com estados como Pernambuco e Rio de Janeiro, que possuem maior histórico da doença.
De acordo com o pesquisador Gabriel Wallau, da Fiocruz Pernambuco, fatores como o envelhecimento da população gaúcha, a baixa exposição prévia ao vírus, a falta de conscientização para detecção precoce da dengue e dificuldades no manejo de pacientes idosos em casos graves podem explicar essa alta mortalidade. No entanto, os autores do estudo destacam que não foi possível testar essas hipóteses devido à falta de acesso a dados clínicos detalhados.
Os cientistas também ressaltaram que a variação de sorotipos e genótipos do vírus no estado é baixa em relação a outros locais do Brasil, sugerindo que o aumento da mortalidade no Rio Grande do Sul não está relacionado à genética do vírus.
Com base nos dados de 2024, o estudo reforça a necessidade de medidas urgentes de saúde pública, como campanhas de conscientização, redução de criadouros de mosquitos transmissores e fortalecimento dos serviços de saúde para a detecção e o manejo rápido de casos graves. A dengue, que globalmente registrou 14 milhões de casos e cerca de 6 mil mortes no Brasil no último ano, tem se tornado uma ameaça crescente no Sul do país, especialmente para os grupos mais vulneráveis, como os idosos.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Comentários
Comentário enviado com sucesso!

Chat Online