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Deputados questionam atuação de Janja no Planalto e cobram esclarecimentos do governo
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Publicado em 06/02/2025
O líder da oposição na Câmara, deputado Luciano Zucco (PL-RS), apresentou um pacote de pedidos de informação direcionados a cinco ministros do governo federal para esclarecer a atuação da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, no Palácio do Planalto. A medida ocorre após o Ministério Público Federal (MPF) abrir um inquérito sobre possíveis irregularidades na Presidência.
Os pedidos de informação foram enviados aos ministros Rui Costa (Casa Civil), Vinícius Carvalho (Controladoria-Geral da União), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento). Entre os questionamentos, estão os gastos com passagens e diárias no exterior, a legalidade da primeira-dama representar o Brasil oficialmente em eventos, o sigilo sobre suas atividades e possíveis investigações relacionadas a violações de normas éticas.
Para o deputado Zucco, Janja estaria desempenhando um papel que ultrapassa suas atribuições institucionais. "O Estado de Direito não autoriza que a primeira-dama custe milhões aos cofres públicos todos os anos, tendo servidores à sua disposição, influencie em políticas públicas e agrida verbalmente membros do governo americano, sem estar formalmente investida em cargo público ou eletivo", afirmou.
O governo tem 30 dias para responder aos pedidos, que contam com a assinatura de 20 deputados, entre eles Sanderson (PL-RS), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Carla Zambelli (PL-SP).
Em resposta às críticas sobre a falta de transparência, Janja passou a divulgar sua agenda diária nas redes sociais desde o início da semana, uma prática que, segundo sua assessoria, será mantida. Paralelamente, a deputada Rosângela Moro (União-SP) apresentou um projeto de lei para incluir cônjuges de chefes do Executivo na Lei de Acesso à Informação (LAI), enquanto a ONG Transparência Internacional reforçou que as atividades da primeira-dama devem ser divulgadas, por entender que ela exerce uma função pública.
A oposição mantém pressão sobre o governo Lula, com ações como o projeto de lei e pedidos à Procuradoria-Geral da República, que incluem denúncias de improbidade administrativa relacionadas à recusa em fornecer informações sobre a agenda da primeira-dama.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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