O discurso de Lula, que iniciou com o anúncio de medidas para a alimentação escolar, rapidamente tomou um tom político e eleitoral. O presidente afirmou que, apesar dos dois anos restantes de seu governo, as conquistas poderiam ser perdidas caso uma liderança "aloprada" tomasse o poder nas eleições de 2026.

“Construir leva décadas. Destruir, basta um aloprado ganhar as eleições que ele destrói em quatro anos o que a gente fez em 20 ou fez em 30”, disse Lula, provocando críticas de setores que consideram o comentário como uma tentativa de gerar polarização e antecipar o clima eleitoral.

Além disso, o presidente fez um paralelo entre a educação e a política de armamento civil do governo anterior. Segundo Lula, seria "melhor criar CAC" (licença para caçadores) do que "criar escola para as crianças aprenderem a estudar", desqualificando as políticas do ex-presidente Bolsonaro.

Em um tom de crítica aberta, Lula também fez um apelo pela valorização da educação, ao mesmo tempo em que condenou as fake news e a desinformação. "Você vai formar homens e mulheres de melhor qualidade, com mais aprendizado. É esse país que nós precisamos construir, e não o país da mentira, o país da cretinice, o país da fake news, o país da irresponsabilidade", declarou, em uma tentativa de associar a oposição a um ambiente de desinformação.

O cenário político para 2026 já está em marcha, e com as movimentações recentes na Câmara e Senado, a disputa presidencial começa a ganhar corpo, com os adversários de Lula se posicionando cada vez mais para o embate eleitoral.

Com informações: Jornalista Fernando Kopper.