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Morador de Canoas cai no golpe do namoro e sofre ameaças de morte: criminosos são alvos de operação em Pernambuco
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Publicado em 31/01/2025
Em abril do ano passado, um jovem de 28 anos, morador de Canoas, foi vítima do chamado golpe do namoro após iniciar uma conversa com uma suposta jovem pela internet. A relação, que começou com um bate-papo no Facebook, rapidamente evoluiu para o WhatsApp. Sem saber que estava sendo manipulado, o rapaz foi alvo de extorsões e ameaças de morte. Com medo, ele chegou a enviar R$ 1,1 mil aos criminosos.
O golpe começou a se revelar quando o rapaz recebeu prints com as conversas e o perfil dele no Facebook. Do outro lado da linha, um homem se identificava como companheiro de Débora, o nome falso utilizado pelos golpistas. A vítima, então, foi pressionada a realizar pagamentos sob ameaça de ser morta. “É tua vida, mano. Corre atrás”, escreveu um dos golpistas ao orientar que ele procurasse um agiota para conseguir mais dinheiro.
O caso ganhou contornos ainda mais assustadores quando o rapaz recebeu imagens violentas, incluindo um vídeo de uma casa destruída com manchas de sangue e uma foto de uma cabeça decapitada. Os criminosos afirmavam ser integrantes do PCC e enviaram uma imagem da vítima com a mensagem “decretada a morte pelo PCC”. Desesperado, o jovem trocou de telefone e mudou de residência.
— Foi um terror. Não imaginava que uma conversa no Facebook resultaria nisso. Espero que a polícia encontre esses criminosos. É algo que ninguém deveria passar — relatou a vítima, que registrou o caso na Polícia Civil de Canoas.
Operação desarticula grupo criminoso
Na última quinta-feira (30), a Polícia Civil do Rio Grande do Sul deflagrou uma operação contra o grupo responsável pelo golpe. A ação cumpriu seis mandados de prisão temporária em Recife e Olinda, Pernambuco. Segundo a delegada Luciane Bertoleti, da 3ª DP de Canoas, o esquema era liderado por um homem que já estava preso por roubo.
Além do líder, a operação mirou um contador do grupo, que movimentou R$ 100 mil em transações via Pix em apenas um mês, e quatro mulheres que recebiam os valores das vítimas. A polícia investiga a atuação do grupo em outros Estados do país.
A operação representa um avanço no combate ao golpe do namoro, mas também reforça o alerta para os perigos das interações online e a importância de cautela ao compartilhar informações pessoais na internet.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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