O delegado Fernando Sodré, chefe da Polícia Civil, concedeu entrevista ao programa Gaúcha Atualidade nesta terça-feira (28) e trouxe novidades sobre as investigações do caso do bolo envenenado que, no final de 2023, causou a morte de três pessoas de uma mesma família em Torres, no Litoral Norte. A principal suspeita do crime, Deise Moura dos Anjos, teve sua prisão prorrogada por mais 30 dias.
De acordo com o delegado, a polícia recebeu dados solicitados aos Correios, que confirmam a assinatura de Deise no comprovante de entrega de uma encomenda de arsênio, substância tóxica utilizada no envenenamento.
"Foi recebido o comprovante da entrega do arsênio com a assinatura dela", afirmou Sodré, ressaltando que essas provas reforçam a certeza de que Deise foi a responsável pela morte do sogro e pelo envenenamento da família do marido. O arsênio foi identificado como a substância causadora das mortes e também de diversos casos de intoxicação relacionados ao bolo consumido pela família.
A investigação, que já havia revelado buscas feitas por Deise na internet sobre venenos, agora conta com evidências concretas que fortalecem a conclusão de que ela é a autora do crime.
Além disso, a exumação do corpo de Paulo Luiz dos Anjos, marido de Zeli Teresinha Silva dos Anjos, confirmou que ele também morreu por envenenamento com arsênio, embora inicialmente a causa da morte tivesse sido atestada como intoxicação alimentar.
Em 23 de dezembro de 2023, seis membros da mesma família passaram mal após consumir fatias de um bolo de reis preparado por Zeli, resultando nas mortes de Neuza Denize Silva dos Anjos, Maida Berenice Flores da Silva e Tatiana Denize Silva dos Anjos, e deixando outros membros da família internados, incluindo Zeli, que ficou 19 dias na UTI.
O caso segue em investigação, com as autoridades cada vez mais certas da autoria do crime, enquanto a polícia continua a reunir provas e a trabalhar para garantir a responsabilização dos envolvidos.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper