O Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado recentemente, aponta que a colheita de milho no Rio Grande do Sul está em ritmo acelerado, com 28% da área total projetada já colhida, um avanço significativo em relação aos 16% registrados anteriormente.
As lavouras semeadas entre agosto e outubro, que enfrentaram poucas restrições hídricas, têm apresentado resultados acima das expectativas. No entanto, áreas de plantio tardio, afetadas pela estiagem, estão sendo redirecionadas para silagem ou forragem, especialmente em regiões do Centro-Oeste e de Santa Maria, onde as condições climáticas prejudicaram o desenvolvimento das plantas em floração e enchimento de grãos.
Na Fronteira Oeste, municípios como Bagé e São Borja lideram os trabalhos de colheita, registrando produtividades entre 5.400 e 12.000 kg/ha, conforme o uso de irrigação. Em Santana do Livramento e São Gabriel, lavouras tardias foram as mais impactadas, sendo destinadas, em sua maioria, à silagem.
Na região de Erechim, 20% das áreas já foram colhidas, com produtividade média superior a 9.000 kg/ha. Em Frederico Westphalen, os resultados superaram as expectativas iniciais, mesmo em condições de estresse hídrico.
Já na Campanha, localidades como Hulha Negra foram beneficiadas por chuvas recentes, possibilitando o controle de ervas daninhas e o reinício do plantio. Na região de Santa Rosa, 71% das lavouras estão colhidas, com produtividade média de 7.495 kg/ha.
Apesar das adversidades climáticas, a região administrativa de Soledade estima que 60% das lavouras mantenham o potencial produtivo inicial.
Paralelamente, o preço médio da saca de milho (60 kg) subiu 1,89% em relação à semana anterior, passando de R$ 66,74 para R$ 68,00, segundo levantamento da Emater/RS-Ascar, refletindo a demanda aquecida e as dificuldades enfrentadas pelos produtores no estado.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
