Após pouco mais de oito meses da maior enchente da história do Rio Grande do Sul, o Estado enfrenta agora um cenário oposto. Nesta sexta-feira (24), a Prefeitura de Uruguaiana decretou situação de emergência devido à estiagem, unindo-se a outros oito municípios gaúchos que já oficializaram a medida diante da falta de chuvas e dos prejuízos acumulados.
A decisão, válida tanto para áreas urbanas quanto rurais, considera os baixos índices de precipitação, a redução nos níveis dos reservatórios, perdas significativas na agropecuária e impactos econômicos e sociais. A medida também facilita ações emergenciais, como a dispensa de licitação para aquisição de bens e serviços essenciais ao enfrentamento da crise hídrica.
A Prefeitura, em parceria com a concessionária de abastecimento e a Defesa Civil, tem enviado caminhões-pipa para atender comunidades do interior do município. O prefeito Carlos Delgado destacou a gravidade da situação e o impacto na vida dos moradores. “Eles estão enfrentando dificuldades devido à falta de água, inclusive com registros de incêndios em diversas localidades. A medida também permitirá aos produtores rurais revisarem financiamentos junto ao governo federal”, afirmou.
Com o decreto, o município poderá solicitar apoio financeiro do Governo do Estado e da União para minimizar os efeitos da estiagem e garantir assistência à população.
De acordo com a Defesa Civil Estadual, além de Uruguaiana, os municípios de Santa Margarida do Sul, Manoel Viana, Capão Cipó, Esperança do Sul, Arvorezinha, Cacequi, Vila Nova do Sul e Tupanciretã já decretaram emergência. Outras cidades, como Rosário do Sul, Santiago e São Borja, também enfrentam os efeitos da estiagem, mas ainda não formalizaram a medida.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper