A colheita de arroz no Rio Grande do Sul teve início no dia 15 de janeiro, com as primeiras áreas localizadas nos municípios de Itaqui e Maçambará, conforme apontado pelo Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta quinta-feira (23). As lavouras semeadas entre 1º e 10 de setembro alcançaram uma produtividade média de 8.750 kg/ha, mesmo diante da estiagem que atinge a região desde dezembro.
Embora o clima tenha favorecido o desenvolvimento das lavouras, as altas temperaturas registradas na Fronteira Oeste, que chegam a 40 °C, causam preocupação entre os produtores devido à possibilidade de impactos na floração, como a esterilidade de espiguetas.
Apesar dos desafios, a baixa umidade e a boa radiação solar têm beneficiado a sanidade das plantas. No entanto, o consumo elevado de água para irrigação tem mantido os orizicultores atentos aos níveis dos rios e barragens.
A área total de arroz irrigado no estado é de 927.885 hectares, com uma produtividade média estimada em 8.478 kg/ha, de acordo com o Instituto Rio Grandense de Arroz (IRGA).
Situação nas principais regiões produtoras:
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Bagé: A redução no nível dos reservatórios preocupa, mas as lavouras em estágio avançado trazem certo alívio.
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Pelotas: 95% das áreas estão em fase vegetativa, enquanto 5% já atingiram a floração.
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Santa Maria: A escassez hídrica afeta o manejo de irrigação em algumas localidades, mas chuvas pontuais têm melhorado a situação em áreas específicas.
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Santa Rosa: Orizicultores priorizam a otimização do uso de água, com ênfase no monitoramento das barragens e fechamento de taipas.
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Soledade: Condições favoráveis para o desenvolvimento, com 80% das lavouras em estágio vegetativo, 15% em floração e 5% em enchimento de grãos.
O levantamento semanal da Emater/RS-Ascar também apontou uma redução de 0,90% no valor médio da saca de 50 quilos de arroz, que passou de R$ 98,87 para R$ 97,98.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper