“A era de ouro dos Estados Unidos começa agora”, declarou Trump, acrescentando que a partir deste momento, o país florescerá e será respeitado em todo o mundo. Ele garantiu que a nação será "a inveja de todas as nações" e que não permitirá mais que outros países se aproveitem dos Estados Unidos.

O discurso de Trump seguiu a linha de seu estilo combativo e nacionalista, com duras críticas ao governo do presidente cessante Joe Biden. Sem citar diretamente seu antecessor, Trump afirmou que os Estados Unidos saíram de uma "era de escuridão" e que agora começa uma nova fase de grandeza. "Agora temos um governo que não consegue administrar nem mesmo uma crise simples dentro de casa, enquanto tropeça em uma série de eventos catastróficos no exterior", acusou Trump.

Logo após tomar posse, o novo presidente anunciou sua primeira ordem executiva: uma declaração de emergência na fronteira entre os Estados Unidos e o México, que autoriza o envio de tropas militares para a região. Além disso, Trump revelou que seu governo implementará uma série de medidas protecionistas, como a taxação de países estrangeiros e o aumento das tarifas para garantir a prosperidade dos EUA.

Em um tom otimista, Trump também prometeu que os Estados Unidos "voltarão a expandir seu território", com planos de enviar astronautas americanos a Marte, para plantar a bandeira dos EUA no planeta vermelho. Ele destacou que a nação será novamente uma potência em crescimento, rica e com uma agenda de prosperidade, muito semelhante à sua administração anterior.

O presidente também fez uma série de promessas voltadas para a área social e cultural. Ele mencionou que os Estados Unidos "terão dois gêneros: o feminino e o masculino" e garantiu que sua administração trabalhará para "restaurar a liberdade de expressão", combatendo o que chamou de "censura" e "perseguição política" no país. Além disso, Trump revelou que vai reintegrar funcionários públicos que foram dispensados por não apresentarem comprovantes de vacinação contra a COVID-19.

No campo da imigração, Trump não economizou palavras, prometendo a expulsão de todos os imigrantes ilegais e a construção de um muro na fronteira com o México. Ele também anunciou que o Golfo do México será renomeado para "Golfo da América" e que cartéis mexicanos serão tratados como organizações terroristas. Em um tom severo, afirmou que não permitirá mais que o "poder do estado" seja usado para perseguir opositores políticos.

Internacionalmente, Trump afirmou que o novo governo buscará ser um "unificador e pacificador", mencionando sua influência no acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas. Contudo, também deixou claro que continuará a afirmar a soberania americana, "retomando o controle" do Canal do Panamá. Ele prometeu ainda fortalecer alianças com países amigos, mas deixou de convidar lideranças de adversários como a Rússia e a China, enviando apenas convites para aliados conservadores, como os presidentes Javier Milei, da Argentina, e Giorgia Meloni, da Itália. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, não foi convidado.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou nesta segunda-feira (20/1) a mensagem “grande dia” com uma foto da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e do seu filho, Eduardo Bolsonaro, em Washington (EUA). A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) não puderam entrar no Capitólio para acompanhar a posse de Donald Trump.

Trump encerrou seu discurso com a promessa de que "nada entrará no nosso caminho, porque somos americanos", sendo aplaudido de pé pelos presentes. A cerimônia de posse, realizada no Capitólio, teve sua localização alterada devido ao frio, sendo transferida para um espaço fechado. Trump foi empossado ao lado de sua esposa, Melania Trump, e seus filhos, em um evento que marcou o retorno do republicano à Casa Branca após o término de seu primeiro mandato.

O novo presidente também já começou a colocar em prática suas promessas com a assinatura de diversas ordens executivas, incluindo medidas relacionadas à imigração e tributação, que devem moldar o início de seu governo. Ao lado de grandes magnatas do Vale do Silício, como Elon Musk, Jeff Bezos e Mark Zuckerberg, Trump também reforçou seu compromisso com as grandes empresas e a classe empresarial.

Com informações: Jornalista Fernando Kopper