A colheita de milho na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé avança de forma positiva em vários municípios da Fronteira Oeste, impulsionada pelo clima seco, especialmente nas áreas irrigadas. A produção está apresentando bons rendimentos operacionais, mas as lavouras de sequeiro, plantadas entre agosto e setembro, estão enfrentando variações nos resultados devido à escassez de chuvas em novembro, com perdas mais significativas nas áreas plantadas após a segunda quinzena de setembro.
Em São Borja, município com a maior área de milho do Estado, com 15 mil hectares, 40% da produção já foi colhida, com produtividade nas áreas irrigadas variando entre 10.200 e 10.800 kg/ha, enquanto nas lavouras de sequeiro os rendimentos estão entre 4.200 e 5.400 kg/ha. Em Maçambará, 15% da área foi colhida, com produtividades variando entre 8.400 e 10.800 kg/ha nas áreas irrigadas. No município de Quaraí, as lavouras de milho têm bom potencial produtivo, mas as de plantio mais tardio estão sendo impactadas pela falta de chuvas, com estimativas de perdas de até 20%.
Na região da Campanha, o estresse hídrico tem afetado principalmente as lavouras em solos arenosos e rasos, além de áreas com plantas jovens e raízes pouco profundas. Algumas lavouras, plantadas após o Natal, apresentam estande baixo devido à falta de umidade no plantio. A expectativa é que as chuvas retornem até o final de janeiro, o que pode beneficiar o desenvolvimento das lavouras restantes.
Em outras regiões, como Caxias do Sul, as condições ambientais têm favorecido o cultivo, com boa coloração e fitossanidade das plantas e expectativas de rendimento acima da média. Já em Erechim, a colheita atingiu 10% da área, mas os produtores estão preocupados com os preços baixos do milho. Em Frederico Westphalen, a colheita já foi concluída em 30% da área, com bom rendimento das lavouras.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
