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Governo recua e revoga normativa da Receita Federal sobre Pix após pressão popular e viralização de vídeo
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Publicado em 16/01/2025
O governo federal recuou da sua proposta de monitoramento de transações financeiras via Pix, uma medida que, segundo críticos, visava taxar as camadas mais pobres da população. A revogação da normativa ocorreu após uma mobilização popular, estimulada por um vídeo do deputado Nikolas Ferreira (PLMG), que viralizou nas redes sociais e alcançou mais de 280 milhões de visualizações, principalmente no Instagram.
A Instrução Normativa nº 2.219, implementada pela Receita Federal em setembro de 2024, determinava que movimentações mensais superiores a R$ 5 mil para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas deveriam ser informadas à Receita. A norma, que entraria em vigor em 1º de janeiro de 2025, gerou grande repercussão negativa, com a população questionando o impacto da medida nas finanças pessoais.
Em 15 de janeiro de 2025, um dia após o vídeo de Ferreira se tornar viral, o governo anunciou a revogação da norma, com repercussões amplificadas pela mídia e redes sociais. O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou que a decisão foi tomada para evitar distorções e tranquilizar a população sobre o uso do Pix. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a publicação de uma Medida Provisória para garantir que o Pix não seja tributado, afirmando que ele será tratado como pagamento em dinheiro, o que já ocorre desde sua implementação no governo Jair Bolsonaro.
O episódio também evidenciou o alinhamento de boa parte da imprensa com o governo, especialmente após uma declaração de Barreirinhas, que agradeceu à mídia pelo apoio à medida. No entanto, a popularidade do vídeo de Ferreira, que desafiou as autoridades, mostrou que o povo já não confia mais na narrativa da velha imprensa.
A movimentação nas redes sociais, impulsionada pelo apoio popular, demonstrou o poder da democracia direta no mundo digital, e deixou claro que, mesmo diante das estratégias de censura, as vozes contrárias podem ter um impacto significativo. Mesmo com a revogação da norma, a preocupação com futuras tentativas de taxação continua, com o governo certamente buscando novas formas de arrecadar.
A pressão popular e o impacto das redes sociais no processo político têm sido cada vez mais evidentes, reforçando a ideia de que o verdadeiro jornalismo precisa ser independente e comprometido com a ética, sem se submeter a interesses governamentais ou corporativos.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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