A colheita de milho no Rio Grande do Sul avança de forma lenta e enfrenta sérios desafios devido à falta de chuvas nos últimos meses, conforme apontado no Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar. A estiagem, especialmente durante os meses de novembro e dezembro, afetou as lavouras de sequeiro, com impactos significativos nas regiões mais atingidas pela seca.
Na região administrativa de Bagé, por exemplo, o município de São Borja já iniciou a colheita, mas apenas 2% dos 15 mil hectares cultivados foram colhidos até o momento. A falta de precipitações durante o período crítico de desenvolvimento das lavouras causou estresse hídrico nas áreas não irrigadas, resultando em perdas consideráveis, embora o impacto de doenças e pragas tenha sido mínimo.
Em Itaqui, a situação é ainda mais grave, com perdas de até 80% nas lavouras de sequeiro. No entanto, nas áreas irrigadas, a produtividade continua satisfatória, destacando a importância do uso de tecnologias agrícolas para mitigar os efeitos da estiagem e garantir bons resultados.
Por outro lado, na região de Soledade, 58% das lavouras de milho, plantadas mais cedo, estão na fase de enchimento de grãos e apresentam produtividades dentro das expectativas. Já 15% das lavouras estão em fase de maturação fisiológica, com bom andamento das culturas. Nas lavouras plantadas mais tarde, as plantas estão entrando em floração, enquanto o plantio de tabaco, milho e feijão nas restevas segue em andamento, com monitoramento constante da cigarrinha-do-milho, uma das principais ameaças para a cultura do milho.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
Fonte: Emater