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Ditador Maduro assume terceiro mandato com clima de protestos e pressões internacionais
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Publicado em 10/01/2025
O presidente e ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, assume nesta sexta-feira (10) seu terceiro mandato à frente do Palácio de Miraflores, em Caracas, com a promessa de permanecer no poder até, pelo menos, 2031. A posse ocorre em meio a pressões internas e internacionais, com acusações de fraude nas eleições presidenciais de 28 de julho de 2024.
Embora o governo de Maduro tenha enfrentado críticas de potências ocidentais como União Europeia, Estados Unidos e Canadá, além de países latino-americanos como Argentina e Chile, que questionam a legitimidade das eleições, algumas nações, como Colômbia e Brasil, também expressaram ceticismo devido à falta de transparência nos dados eleitorais. Apesar disso, representantes diplomáticos desses países devem estar presentes na cerimônia.
Cerca de 2 mil convidados internacionais, incluindo governantes e movimentos sociais, são esperados para a posse, marcada para as 13h (horário de Brasília). No entanto, o evento ocorre em um contexto de manifestações opositoras, registradas em várias cidades do país, inclusive Caracas, onde a líder da oposição, Maria Corina Machado, defendeu que Edmundo González Urrutia assuma a presidência no lugar de Maduro.
O ex-candidato Edmundo González comemorou os protestos em uma rede social e convocou mais pessoas para as ruas. "Unidos, alcançaremos a Venezuela livre e pacífica que merecemos", afirmou.
Enquanto isso, um ato pró-governo também foi registrado em Caracas, com o apoio das forças chavistas, que reforçam o apoio à Revolução Bolivariana, iniciada com Hugo Chávez em 1999.
Durante seu terceiro mandato, Maduro anunciou planos de editar um decreto criando uma comissão para elaborar uma reforma constitucional. O objetivo da reforma seria consolidar a "soberania popular" e estabelecer um novo modelo de Estado, denominado "Estado comunal", que havia sido idealizado por Hugo Chávez.
A reforma será discutida pela Assembleia Nacional, de maioria chavista, com a previsão de um referendo popular para validar as mudanças ainda este ano. Em 2025, a Venezuela também enfrentará eleições regionais e para a Assembleia Nacional, mas as datas exatas ainda não foram divulgadas.
No cenário internacional, Edmundo González, atualmente exilado na Espanha, intensificou sua campanha para angariar apoio contra a posse de Maduro. Ele pediu ao governo dos Estados Unidos que intervenha para impedir a posse e, em resposta, o governo Maduro ameaçou prender González por tentativa de golpe de Estado, oferecendo uma recompensa de US$ 100 mil por informações sobre sua localização.
Além disso, o governo venezuelano anunciou a prisão de cerca de 150 mercenários de 25 nacionalidades, acusados de tentar desestabilizar o país para impedir a posse de Maduro.
Na véspera da posse, Enrique Márquez, ex-candidato presidencial, foi preso acusado de tentativa de golpe de Estado, por supostamente articular a posse paralela de Edmundo González.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper
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