A Polícia Civil concedeu nesta sexta-feira (10) uma entrevista coletiva sobre o caso de envenenamento que provocou a morte de três pessoas em Torres, no Litoral Norte. A delegada Sabrina Deffente trouxe novos detalhes sobre a investigação, destacando que a suspeita, Deise Moura dos Anjos, teria tentado encobrir o crime ao buscar convencer a família a realizar a cremação do corpo de seu sogro, Paulo Luiz dos Anjos, falecido três meses antes da série de envenenamentos.
“Não temos dúvida de que ela pesquisou o veneno, buscou uma receita inodora e conseguiu montar uma composição química. Ela fez isso, envenenou a família, e ao morrer o sogro, tentou de todas as formas conseguir a cremação do corpo dele. Não conseguindo, tentou criar narrativas para encobrir o que aconteceu”, afirmou a delegada Sabrina.
De acordo com o delegado Marcos Veloso, responsável pela Delegacia de Torres, Deise não conseguiu a cremação devido à falta da assinatura de um médico. “Ela não só matou quatro pessoas e tentou matar mais três, como também realizou outras tentativas de homicídio”, declarou o delegado.
Exames realizados no corpo de Paulo Luiz dos Anjos confirmaram a presença de arsênico, substância química encontrada também nas vítimas que ingeriram o bolo envenenado em 23 de dezembro. A investigação está em andamento, e há fortes indícios de que Deise tenha promovido outros envenenamentos em familiares próximos, os quais serão investigados.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper