A temporada de verão no Rio Grande do Sul trouxe uma surpresa para os veranistas, que, embora esperassem sol e calor, acabaram sendo surpreendidos por uma infestação de águas-vivas. As praias do litoral norte do estado, especialmente em Tramandaí, Capão da Canoa e Imbé, lideram a lista de locais com maior incidência de queimaduras causadas por essas criaturas gelatinosas. Os dados são alarmantes: o número de ocorrências de queimaduras por águas-vivas no Litoral Norte ultrapassou em mais de 700% os registros do mesmo período de 2023.
O impacto dessa infestação pode variar dependendo da espécie de água-viva e da extensão da área afetada pela queimação. A dor e o desconforto podem ser intensos, mas há medidas simples para aliviar os sintomas. Confira os primeiros socorros recomendados:
1 - Lave com água do mar: O primeiro passo é lavar a área afetada com água do mar. Evite água doce, pois ela pode ativar as células urticantes da água-viva e aumentar a dor.
2 - Aplique vinagre: Em algumas regiões, o vinagre pode ser eficaz para inativar as células urticantes, mas em outras áreas, seu uso pode agravar a dor. Sempre consulte um salva-vidas ou profissional de saúde local antes de aplicá-lo.
3 - Aplique compressas frias: Compressas frias ou gelo envolto em um pano podem ajudar a reduzir a dor e a inflamação da área afetada.
4 - Não coce: Evite coçar a área lesionada, pois isso pode piorar a irritação e aumentar o risco de infecção.
As causas do aumento na população de águas-vivas são ainda um mistério, mas vários fatores podem estar contribuindo para esse fenômeno. O aumento da temperatura da água devido às mudanças climáticas é uma das principais suspeitas, criando um ambiente mais favorável para a reprodução das águas-vivas. Além disso, alterações nas correntes marítimas podem estar transportando essas criaturas para regiões onde não eram comuns, e a diminuição de predadores naturais, como tartarugas marinhas e peixes, devido à pesca excessiva e à destruição de habitats, pode estar permitindo que a população de águas-vivas cresça descontroladamente.
A orientação é para que os banhistas tomem precauções ao entrar no mar e sigam as instruções das autoridades locais para evitar maiores desconfortos e riscos à saúde.
Com informações: Jornalista Fernando Kopper